domingo, 26 de agosto de 2012

Eucaristia, o nosso tesouro

"A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue verdadeira bebida. Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e Eu nele" (João 6,55-56). 
Quem recebe a Eucaristia recebe o Corpo do Senhor. É o Senhor que permanece em nós e nós, n’Ele. Diante de tantas dificuldades e tribulações, o nosso auxílio está em Jesus vivo e presente na Eucaristia. Este é o nosso tesouro! 

Ore comigo: 
"Senhor, te adoro pela Tua humildade em te fazeres presente simplesmente numa hóstia consagrada. Tu és Deus, Rei e Senhor, e toda a minha existência está em Tuas mãos. Tu estás no controle de todas as coisas e de todos os acontecimentos da minha vida. Hoje a minha adoração é esta: colocar a minha vida no controle das Tuas mãos. Não quero mais ficar controlando e dirigindo a minha vida, mas sim, saber que tudo está sendo controlado e regido por Tua autoridade. Essa é a maior graça e segurança para a minha vida. Obrigado porque estás presente na Eucaristia, e dali levanta a Tua súplica ao Pai, por mim. Obrigado, porque pedes por todas as minhas necessidades e colocas em meu coração amor ardente pela Tua presença real no Santíssimo Sacramento. Ofereço a minha vida. É tudo o que tenho, em troca do grande presente: Tu se dás a mim na Eucaristia. Amém!"

Deus o abençoe!


Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Arquidiocese de Salvador se organiza para a Jornada Mundial da Juventude


Preparao_salvador_JMJA Arquidiocese de Salvador continua se mobilizando em função dos preparativos da Semana Missionária , evento que ocorrerá de 17 a 23 de julho de 2013, e a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. No último sábado, dia 18 de agosto, a Comissão Organizadora se reuniu com cerca de 120 jovens de todas as paróquias, no Centro Arquidiocesano de Pastoral, para incentivar a mobilização dos jovens e traçar novas estratégias de estímulo à participação.
“Demos a conhecer o subsídio que a CNBB elaborou para a preparação da Jornada Mundial da Juventude. São dois modelos: um para o jovem e outro para o adulto. Demos um exemplar a cada forania para que elas refletissem”, afirma o coordenador da Semana Missionária na Arquidiocese de Salvador, o Bispo Auxiliar Dom Gilson Andrade da Silva.
Os participantes discutiram, entre outros assuntos, as inscrições da JMJ, a hospedagem, a preparação da chegada dos jovens que participarão da Semana Missionária e a mobilização para os Momentos de Jovens Adoradores promovidos pela Jornada. Para Dom Gilson, os participantes estão estimulados com os trabalhos desenvolvidos. “Existe um entusiasmo crescente no meio da juventude. Nessa reunião, houve depoimentos individuais que nos mostraram a mobilização das paróquias e a sua organização para levar as pessoas para a JMJ”, pondera.
Outro tema abordado foi a articulação para a presença da Jornada Mundial da Juventude na Feira de Comunicação Solidária, evento promovido pelo Jornal São Salvador através da Pastoral Arquidiocesana de Comunicação. De acordo com Dom Gilson, essa é uma boa oportunidade para incentivar mais jovens a participarem da JMJ.

CNBB conclui reunião sobre projetos litúrgicos


Terminou nesta sexta-feira, 24, a reunião da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia. O encontro realizado nos dias 23 e 24 de agosto buscou definir, analisar, e avaliar os projetos de liturgia da Igreja no Brasil. A proposta da reunião foi fazer uma avaliação de todas as atividades realizadas este ano no setor litúrgico por parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A comissão é formada por Dom Armando Bucciol, presidente, pelo bispo auxiliar de São Paulo, Dom Edmar Perón, e pelo bispo da Diocese de Crato (CE), Dom Fernando Panico. Os bispos são auxiliados por três assessores da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): o responsável pela Pastoral Litúrgica, padre Hernaldo Pinto Farias, no Setor de Música Litúrgica, padre José Carlos Sala, e no Espaço Litúrgico, João Martins.

Na reunião, cada um dos assessores da comissão informou como tem sido o andamento dos trabalhos nas suas respectivas áreas. “Tivemos uma panorâmica da realidade litúrgica no Brasil, assim como nós a percebemos, no debate e na troca de ideias, detectar algumas áreas, atividades, âmbitos, nos quais precisamos trabalhar mais ou de uma maneira diferenciada”, explicou Dom Armando.

Os três bispos responsáveis pelo setor são informados das atividades, dos passos dados e dos programas que anteriormente tinham sido planejados e foram executados. “Partilhamos das dificuldades enfrentadas, propostas, e avaliação de tudo que ocorreu neste último período”, disse o presidente.

“É sempre muito positivo o intercâmbio e ver em conjunto o que compete à comissão litúrgica”, finalizou Dom Armando.

“Maria é Rainha no serviço a Deus para a humanidade”, destaca Papa



Reuters
'Aprendamos a viver como Maria', exortou o Papa aos fiéis na catequese desta quarta-feira, 22, em Castel Gandolfo
No dia em que a Igreja celebra a festa da Santíssima Virgem Maria, invocada com o título "Rainha", nesta quarta-feira, 22, o Papa Bento XVI dedicou a ela sua catequese. O Pontífice destacou que Maria é Rainha em consequência de ser unida ao seu Filho. Ele explicou que, assim como a condição de realeza de Jesus é revestida de humildade, assim também é para Maria.

“É (Jesus) um rei que serve os seus servos, assim agiu em toda sua vida. E o mesmo vale para Maria: é Rainha no serviço a Deus para a humanidade, é rainha do amor, que vive o dom de si a Deus para entrar no plano de salvação do homem”, disse o Papa.

Sobre a forma como Maria exerceu a realeza de serviço e amor, Bento XVI lembrou do cuidado que ela tem com seus filhos e filhas que se dirigem a ela em oração, seja para agradecer ou pedir sua proteção e ajuda celeste.

“Na serenidade ou na escuridão da existência, voltamo-nos a Maria, confiando em sua contínua intercessão, para que do Filho possamos obter toda a graça e misericórdia necessária para a nossa peregrinação ao longo da estrada do mundo”

Dessa forma, o título de rainha concedido a Maria é título de confiança, alegria e amor. O Papa destacou ainda para os fiéis a devoção a Nossa Senhora como elemento importante para a vida espiritual. Ele concluiu convidando todos a não deixarem de recorrer com confiança a Maria.

“Maria não deixará de interceder por nós junto a seu Filho. Olhando para ela, imitemos a fé, a disponibilidade plena no projeto de amor de Deus e o generoso acolhimento de Jesus. Aprendamos a viver como Maria. Maria é a Rainha do céu perto de Deus, mas é também a mãe perto de cada um de nós, que nos ama e ouve a nossa voz”. 

Leigos também são responsáveis no trabalho da Igreja, diz Papa


Arquivo
'Essa responsabilidade requer uma mudança de mentalidade, em particular, sobre o papel do leigo na Igreja', escreveu Bento XVI
O Papa Bento XVI enviou uma mensagem por ocasião da 6º Assembleia Ordinária do Fórum Internacional da Ação Católica, que começou na quarta-feira, 22. Neste ano, o tema central do encontro é “Membros leigos da Ação Católica: corresponsabilidade eclesial e social”. Na mensagem enviada pelo Pontífice, ele destacou que os leigos também são responsáveis pelo trabalho da Igreja.

“Essa responsabilidade requer uma mudança de mentalidade, em particular, sobre o papel do leigo na Igreja”, escreveu o Papa. “Eles não devem ser considerados como meros ‘colaboradores’ do clero, mas como pessoas verdadeiramente ‘corresponsáveis’ no trabalho da Igreja”, disse.

O Santo Padre disse que é importante que os leigos sejam bem formados e capazes de fazer “sua própria contribuição específica para a missão da Igreja, de acordo com os ministérios e tarefas em que cada um toma parte na vida da Igreja, e sempre em comunhão amigável com os bispos”.

Bento XVI encorajou os membros da Ação Católica a anunciar a mensagem de Cristo na linguagem do nosso tempo, que tem sido marcado por rápidas transformações sociais e culturais, chamando isso de “o grande desafio da Nova Evangelização”. 

Primeiro crer para depois saber, diz Papa sobre a fé dos cristãos



Reuters
Bento XVI no Angelus deste domingo, 26, na residência apostólica de Castel Gandolfo, onde passa um período de descanso
No Angelus deste domingo, 26, o Papa Bento XVI refletiu sobre o Evangelho de hoje (cf. Jo 6, 60-69) que descreve a reação dos discípulos de Jesus após Ele ter dito: "Eu sou o pão vivo que desceu do Céu [...] E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo" (Jo 6,51).

O Santo Padre destacou que a reação dos discípulos foi provocada conscientemente pelo próprio Cristo, e mostra que aqueles que o seguiam não compreenderam o significado das palavras que Jesus dizia.

Bento XVI explicou que a afirmação de Jesus era inaceitável para eles, porque "a entendiam em sentido material, enquanto que aquelas palavras preanunciavam o mistério pascal de Jesus, em que Ele daria a si mesmo pela salvação do mundo"

O Evangelho destaca que "a partir de então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele" (Jo 6,66).

Ao ver isso, Jesus perguntou aos apóstolos: "Também vós quereis ir embora?" (Jo 6,67), e como em outras situações, é Pedro que tomou a palavra e respondeu em nome dos doze: "Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus" (Jo 6,68-69).

Pedro não diz sabemos e acreditamos, mas sim acreditamos e sabemos, explicou o Papa recorrendo aos comentários de Santo Agostinho sobre esta passagem, e destacou:

“Acreditamos para poder saber: Se com efeito, tivéssemos procurado saber antes de acreditar, não teríamos conseguido nem conhecer, nem acreditar. O que acreditamos e o que soubemos? Que Tu és Cristo Filho de Deus, isto é que Tu és a vida eterna e através da tua carne e do teu sangue nos dás aquilo que tu próprio és.”

Bento XVI salientou que Jesus sabia que entre os doze apóstolos havia um que não acreditava: Judas. "Ele poderia ter ido embora, como fizeram os outros discípulos, ou melhor, deveria ter ido embora, se tivesse sido honesto".

“Ao invés, ficou com Jesus”, prosseguiu o Santo Padre. "Ficou não por causa da fé, nem por amor, mas com a intenção secreta de se vingar do Mestre. Por quê? Porque Judas se sentia traído por Jesus, e decidiu que, por sua vez, iria traí-lo", explicou.

Judas era um Zelota, e "queria um Messias vencedor, para guiar uma revolta contra os romanos. Mas Jesus tinha decepcionado essas expectativas. O problema é que Judas não foi embora, e sua culpa mais grave foi a falsidade, que é a marca do diabo. Por isso Jesus disse aos Doze: 'Um de vós é um diabo' (Jo 6,70)”, destacou Bento XVI.

O Papa concluiu com o convite a rezar a Nossa Senhora, “para que nos ajude a crer em Jesus, como São Pedro, e a sermos sempre honestos com Ele e com todos” .Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Ilhéus acolherá reunião dos bispos do Regional Nordeste 3


Entre os dias 21 e 23 de agosto, os bispos do Regional Nordeste 3 da CNBB (Bahia e Sergipe) estarão reunidos na cidade baiana de Ilhéus para discutir assuntos essenciais para a caminhada da Igreja na região.

CRONOGRAMA:
Dia 21/08/2012 — Terça – Feira
16h Reunião CEP (Representantes das Regiões Pastorais) + Presidência
18h Missa na Catedral
2Oh3Omin Inicio dos trabalhos – Apresentação da pauta; partilha fraterna;
2lh3Omin Descanso

22/08/2012 — Quarta – Feira
07 h Celebração Eucarística
O7h45min Café
O8hl5min Início dos Trabalhos
10h Intervalo
lOhl5mim Continuação dos trabalhos(partilha_fraterna)
12h Almoço
l4h3Omin City tour – Centro Histórico de Ilhéus
19h Jantar – Típico da região

Dia 23/08/2012 — Quinta-Feira
07 h Celebração Eucarística
O7h45mín Café
O8hl5min Reunião – Comunicações
8h45min Reunião das sub-regiões
10h Intervalo
lOhl5min Partilha da reunião das sub- regiões pastorais; comunicações
12h Encerramento e almoço.

Essa reunião, que ocorre de forma semestral, terá como assuntos principais a realização da 50ª Assembleia de Pastoral do Regional e os preparativos para a 5ª Semana Social Brasileira (5ª SSB), além de outros assuntos relacionados à ação pastoral nas dioceses do Regional. Nesse evento, os representantes das Sub-Regiões Pastorais terão uma reunião específica para tratar de assuntos comuns.
Todos os bispos foram convocados para essa reunião pelo presidente do Regional, dom Luís Gonzaga Pepeu, arcebispo de Vitória da Conquista (BA).

domingo, 19 de agosto de 2012

A busca da felicidade em Deus


Padre Reginaldo Manzotti
Foto: Natalino Ueda/cancaonova
A busca de Deus gera felicidade. Como você o buscado? Para muitas pessoas esse encontro é através do sofrimento, precisamos acreditar que podemos ser felizes, mesmo em meio a dor. O buscar a Deus nos torna pessoas melhores. No encontro da eucaristia e lendo a Palavra de Deus nós superaremos as nossas fraquezas.

Não podemos ter a “síndrome de Gabriela”, onde pensamos que “nascemos, crescemos e seremos sempre assim”. Não! Deus faz novas todas as coisas e é nele que a nossa hora vai chegar.

São João Bosco dizia “Só fazer o bem já me faz uma pessoa feliz”. Sabemos que ser feliz é uma construção, não a conseguimos de uma hora para outra, sejamos perseverantes.

Quando falamos em felicidade, o primeiro passo é se reconciliar com Deus. Então, reconcilie-se, busque as pazes com Deus, e faremos isso através da confissão. A partir do momento que fazemos a reconciliação vivemos melhor uns com os outros, exemplo do não ouvir a Deus, foi o fato da Torre de Babel, onde cada um buscou viver a sua maneira, sem querer ouvir a Deus.

Podemos ser muito bons naquilo que fazemos, mas se não estivermos em Deus, seremos inúteis. Devemos ser porta-voz do Senhor, mas só faremos isso ser estivermos “conectados” com Deus.

Perceba que de uma hora para outra as coisas começam a dar errado em nossa vida, isso acontece muitas vezes, pois damos margens para o inimigo e deixamos Deus de lado.

O livro de Jó, nos diz “Reconcilia-te, pois, com ele e terás paz; por estes meios conseguirás os melhores frutos. Recebe de sua boca a Lei e guarda as suas palavras no teu coração. Se te converteres ao Poderoso progredirás, se removeres a iniquidade para longe de tua tenda. E adquirirás ouro como terra e como a areia da torrente de Ofir. E o Poderoso será o teu ouro, e a prata se amontoará para ti. Então, nadarás em delícias no Poderoso e elevarás a Deus o teu rosto. Suplicante o rogarás e ele te ouvirá, e pagarás as tuas promessas. Farás um projeto, e se realizará, e nos teus caminhos brilhará a luz. Pois ele humilha quem fala coisas soberbas, mas quem for humilde será salvo.” Jó 22, 21-29

Não percamos a relação de intimidade com Deus. Não julgue os outros, quem precisar ouvir isso é eu e você.

Jó, foi um homem de Deus, perseverante em meio ao sofrimento. Saiba que a alegria é uma luta diária, que vezes ou outra se dá por meio do sofrimento. Sejamos felizes, por estarmos em Deus. Tenhamos novamente aquele ardor pela evangelização. Onde está aquela busca que tínhamos antes? Será que estamos na busca de Deus ou de nós mesmos?

Se a felicidade se dá na reconciliação com Deus, não se permita a viver no pecado, pois ele nos vicia, busque a confissão. Mas saiba que a busca de Deus passa pelo outro. 

"A busca de Deus passa pelo outro"

Já no Novo Testamento, São João nos mostra como Jesus nos leva ao encontro da felicidade ao lavar os pés dos seus discípulos “Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e voltou ao seu lugar. Disse aos discípulos: “Entendeis o que eu vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque sou. Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós. Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que seu senhor, e o enviado não é maior do que aquele que o enviou. Já que sabeis disso, sereis felizes se o puserdes em prática.”Jo 13, 12-17

O serviço ao outro é encontrar-se com a felicidade de Cristo. Lavar os pés uns dos outros é colocar-se numa atitude onde recolhimento ao outro. Onde nós não somos seres superiores, mas estamos a serviço do outro.

A alegria que tanto queremos não está em alcançar coisas grandiosas, sabemos que a lógica de Deus é contrária a nossa quem quer vencer tem que ceder; O nosso grande erro é não saber renunciar, muito embora, a renuncia que se faz hoje, assim como o perdão dado, nos traz a libertação, portanto abra-se a reconciliação com Deus e com o próximo. 



O mistério da assunção de Maria


Padre Fábio de Melo
Foto: Natalino Ueda
“Minha alma glorifica o Senhor, meu espírito exulta de alegria.” Isso não é algo que acontece da noite para o dia. Fico pensando no quanto Maria se dedicou à construção do Magnificat, um canto, uma realidade teológica preparada desde o momento em que ela reconheceu quem era.

Uma coisa é quem você é, outra é quem precisamos nos tornar. Quem é você? Ô pergunta difícil de responder, pois nos leva a refazer quem somos, tudo o que já passamos.

Eu não sei o que você precisou viver para ser o que é hoje, mas sei o que você precisa fazer para ser o que Deus espera de você.

Não me importa o que você viveu até o dia de hoje. Eu o respeito. Olho para você como Cristo também olha. No altar, reunimo-nos para viver a dinâmica dessa festa: a Assunção de Nossa Senhora ao céu. Maria, terminado o curso de sua vida, é elevada ao céu.

Meu irmão, minha irmã, se a experiência com Jesus não for feita no dia a dia, corre-se o risco de ela ficar na camiseta que usamos, na cruz que carregamos no pescoço.

Quanto mais mergulho no mistério de Cristo, mais aprimorada é minha visão de Maria. Ela viveu sua assunção nos pequenos gestos, nas pequenas coisas. Nossa Senhora ousou ir para cima, elevar-se e nunca permitir que as dificuldades de sua vida a fizessem desanimar. Se a devoção a Maria não nos colocar nos braços de Jesus, ela não servirá para nada. Até mesmo ela ficará insatisfeita, pois não conseguirá colocar, em nosso braços, o amor de seu Filho.

Também nós precisamos viver essa assunção diariamente. Na carta de São Paulo, na liturgia de hoje, vemos, na Ressurreição de Jesus, um movimento que nos faz vencer a morte. A Igreja nos ensina que os grandes mistérios são as miudezas do nosso dia a dia.

Acho bonito que, também hoje, no mistério da assunção, Maria visita Isabel. No ventre de Isabel está o Antigo Testamento, aquele que vai anunciar o novo Messias, anunciará que Deus entrará, definitivamente, em nossa vida. É o laço do Antigo Testamento sendo amarrado no ventre de Maria. Por isso ela foi visitar Isabel.

"A Igreja nos propõe elevar as mãos ao céu para, juntos, construirmos a civilização do amor", diz padre Fábio
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com

Maria sabia que precisaria educar bem Jesus, ser uma mãe zelosa. Sua assunção começou nos pequenos detalhes, quando ela aceitou a proposta de seu Filho. Ao gerar Jesus, ao dar a Ele a carne humana, ela também constriuu, dentro dela, o mistério de salvação que a elevava, a redimia.

A Igreja, ao viver o mistério da assunção de Maria, nos propõe colocar as mãos para o céu e, juntos, construirmos a civilização do amor.

Alimente-se da Palavra de Deus, alimente-se dos sacramentos. Sem Igreja nós não nos alimentamos. Cuidado com a “camisetinha” que o identifica como sendo de um determinado grupo, ela pode ser diabólica; cuidado com a cruz que carrega em seu pescoço. Um dos lugares favoritos do diabo é a sacristia, são os bastidores. Como encontramos pessoas maldosas protegidas pela cruz peitoral, pela autoridade!

Deus encontra bondade na lama, mas, muitas vezes, não a encontra no altar.

Um dos ensinamentos mais bonitos que aprendi com o fundador da congregação, na qual fui formado, padre Dehon, foi: “Deus não pode fazer nada com minhas obras se antes ele não possuir o meu coração”.

Meu irmão, permita que o seu ministério, que sua vida familiar seja um instrumento de salvação. Permita que sua casa seja o seu lugar de redenção. Não tenha medo de ousar; sem ousada não se chega ao céu.

Tenha, o tempo todo, seus olhos voltados para o alto, pois é assim que precisamos estar. Não podemos viver “desamarrados” do Novo Testamento. Somos filhos da assunção. Não podemos admitir que as forças do diabo venham ameaçar a inteireza da nossa vida.


Padre Fábio de Melo 

Padre que evangeliza como cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova. 

AIS lança campanha para doar Youcat`s a jovens brasileiros



Divulgação
Pela campanha da AIS, o objetivo é distribuir 500 mil exemplares do Youcat gratuitamente para jovens brasileiros
A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) no Brasil lançou a campanha “Meio Milhão de Catecismos para os Jovens”. A iniciativa tem por finalidade a publicação de 500 mil exemplares da edição brasileira do Youcat, um catecismo elaborado especialmente para a juventude com prefácio escrito pelo Papa Bento XVI. A campanha busca a distribuição gratuita para jovens de todo o país por meio do Episcopado brasileiro.

Com isso, o objetivo é ajudar os jovens brasileiros a aprofundarem o conhecimento da fé, em um momento marcado pelas preparações para a próxima Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em pouco menos de um ano no Rio de Janeiro.

O diretor da AIS no Brasil, José Lúcio Corrêa, explicou que a ideia surgiu tendo em vista que muitos jovens do país não teriam meios de adquirir o Youcat. “Da nossa parte, desejamos que o maior número possível de jovens brasileiros tenha este livro que os trará mais perto de Deus, ao responder suas principais perguntas sobre a fé”.

Segundo a Associação, a campanha “só termina quando todo o dinheiro for arrecadado”. A expectativa é que os Youcat`s comecem a ser enviados a algumas dioceses brasileiras a partir do final de setembro.

Bento XVI convida fiéis a redescobrirem beleza da Eucaristia



Reuters
'Redescubramos a beleza do Sacramento da Eucaristia que expressa toda a humildade e a santidade de Deus', disse o Papa
Redescobrir o valor do Sacramento da Eucaristia. Esse foi o convite feito pelo Papa Bento XVI antes de rezar a oração do Angelus junto aos fiéis católicos neste domingo, 19.

“Ele, grão de trigo, caído nos sulcos da terra, é a primícia da humanidade nova, libertada da corrupção do pecado e da morte. Redescubramos a beleza do Sacramento da Eucaristia que expressa toda a humildade e a santidade de Deus: o seu ser pequeno, fragmento do universo, para reconciliá-lo inteiramente no amor”.

O Pontífice destacou que Jesus não queria um trono terreno, mas sim compartilhar o destino dos profetas. “Jesus não era um Messias como o queriam, que aspirasse a um trono terreno. Não buscava consensos para conquistar Jerusalém; ao contrário, queria ir à Cidade Santa para compartilhar o destino dos profetas: dar a vida por Deus e pelo povo”.

Aos fiéis reunidos no pátio interno da residência de Castel Gandolfo, Bento XVI também comentou a passagem evangélica sobre o discurso de Jesus em Cafarnaum, no dia após o prodígio dos pães e dos peixes.

“Aqueles pães, divididos para milhares de pessoas, não queriam desencadear uma marcha triunfal, mas preanunciar o sacrifício da Cruz, em que Jesus se tornou pão repartido para a multidão, corpo e sangue oferecidos em expiação para a vida do mundo”.

O Papa também lembrou que esse discurso de Jesus foi para fazer com que os discípulos tomassem uma decisão. “E realmente, dentre eles alguns, a partir de então, não o seguiram mais”, disse.

Após a oração mariana, Bento XVI cumprimentou os fiéis em algumas línguas, e concedeu a todos a sua benção apostólica. (CM).

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Conselhos para ensinar os filhos a pensar


Os pais devem estimular os hábitos intelectuais dos filhos

1. Em primeiro lugar, é preciso agir conforme a verdade das coisas: ensinar os filhos a não se enganarem, a serem sinceros, a agirem com coerência. “Podemos conhecer a química cerebral que explica o movimento de um dedo, mas isso não explica por que esse movimento é usado para tocar piano e não para apertar um gatilho” (Marcus Jacobson). E também “não podemos baratear a verdade” (F. Suárez), rebaixando o seu valor, como se fosse uma liquidação.

2. Um segundo ponto é que “o treinamento é um privilégio da inteligência humana” (José Antônio Marina). É preciso enriquecer a linguagem, é preciso estimular o diálogo, o exercício mental de raciocinar, de defender uma causa, de ter argumentos para as próprias decisões, e não somente fazer o que fazem os outros, como os bois no pasto. Aprender a pensar é descobrir como é grande o poder da moda sobre o mundo inteiro, e saber sair da jaula em que a moda pode nos encerrar. O pensador livre não deve sacrificar a sua liberdade no altar da moda, pois essa é uma das perversões mais nocivas para um pensador. No entanto, é excessiva a frequência com que a razão fica presa na jaula da moda. Treinamento e cultivo, porque “a terra que não é lavrada, trará abrolhos e espinhos, ainda que seja fértil. Assim sucede com o entendimento do homem” (Santa Teresa de Ávila).

3. Já que é impossível não se equivocar nunca, pelo menos por utilidade e por dever temos de aprender com os nossos enganos. Se quisermos aprender a pensar, deveremos descobrir o mundo tão humano do erro. “Errar é humano”, diziam já os antigos. O erro é o preço que o animal racional tem de pagar.

4. Seremos mais inteligentes e mais livres quando conhecermos melhor a realidade, quando soubermos avaliá-la melhor e quando formos capazes de abrir mais caminhos novos. Seria um erro pensar – observa Leonardo Polo – que o homem inventou a flecha, porque tinha necessidade de comer pássaros. Também o gato tem essa necessidade, porém o ilustre felino nunca inventou nada. O homem inventou a flecha, porque a sua inteligência descobriu a oportunidade escondida no graveto.

5. Manter aberta a nossa capacidade de dirigir a própria conduta mediante valores pensados. É preciso passar do regime do impulso irracional para o regime da inteligência. Mais do que ensinar a pensar, a função dos pais há de ser a de motivar os filhos para que queiram pensar por sua própria conta. Com atitudes positivas, as crianças topam qualquer parada; com atitudes negativas, pensar parece-lhes uma coisa cansativa, e agir lhes parece uma coisa medíocre.

Assista também: "Sete dicas para viver bem com a sua família", com Ricardo e Eliana Sá 

6. Ensinar a tomar decisões. A inteligência é a capacidade de resolver problemas vitais. Não é muito inteligente quem não seja capaz de se decidir, nem mesmo quem, dentro do seu refúgio isolado, consiga resolver facilmente problemas de trigonometria. Se admitirmos que educar é essencialmente ajudar a crescer na liberdade e na responsabilidade, então aprender a decidir bem acaba sendo um dos aspectos chave nessa tarefa: quanto maior a capacidade de decisão, maior liberdade.

7. Devemos recuperar e estimular nas crianças a sadia estratégia de perguntar continuamente. As três perguntas fundamentais são: “O que é?”, “Por que isso é assim?” e “Como é que você sabe?”. Aristóteles definia a ciência como “o conhecimento certo pelas causas”: portanto, é preciso habituar-se a perguntar os porquês. Os pais devem estimular, comentar e favorecer (criando o clima adequado) os hábitos intelectuais dos filhos.

8. A inteligência tem de saber aprender, mas sobretudo tem de desfrutar aprendendo. Trata-se de formular perguntas que levem à reflexão, a perguntar-se sobre o próprio pensamento: “Por que o homem pensa?”, “Você já se pensou por que lembramos das coisas?", "Pensamos quando estamos dormindo?”, “O que mais faz você pensar?”, “Você pode pensar duas coisas diferentes ao mesmo tempo?”. Leonardo Polo define o homem como um ser que não somente resolve problemas, mas que também os formula. Com efeito, o ser humano progride propondo a si mesmo novos problemas e tentando resolvê-los.

9. A inteligência deve ser eficazmente linguística. Graças à linguagem, não somente nos comunicamos com os outros, mas também com nós mesmos. A inteligência não se parece com uma coleção de fotografias, mas com um rio. Rio e inteligência “discorrem”. A nossa língua original – a língua materna – é um rio em que deságuam milhares de afluentes. “A pluma e a palavra são as armas do pensador” (J.A. Jauregui). Aprender a pensar é aprender a tocar os instrumentos do pensamento: a pluma e a palavra.

10. Fomentar a leitura e controlar o uso da televisão. Já que estamos falando do voo da inteligência, trata-se de “ser mais inteligentes que a televisão” (Jiménez). Os livros “tem de ser obras que alimentem a inteligência sem deixar o coração seco”, ou seja, devem “iluminar a mente com a verdade e não mergulhá-la nas névoas da dúvida ou na escuridão do erro” (F. Suárez).

11. Urge encontrar momentos para refletir, para pensar, coisa, aliás, muito menos trabalhosa do que muitas das necessidades que inventamos. Pensar sobre o sentido da vida, das coisas, do homem, de Deus. Quando Unamuno disse que costumava sair para passear com os pastores de ovelhas para aprender a pensar, para desprender-se dos preconceitos e dos dogmas de escola, muitos rasgaram as vestes. Unamuno, porém, estava sendo sincero. Um pastor de ovelhas tem tempo para pensar, para dar rédea solta à sua imaginação e para descobrir horizontes filosóficos que jamais foram vistos por nenhum outro pensador. Fernando Corominas diz que é preciso “instalar”, na mente e no coração dos filhos, as coisas boas antes que cheguem as nocivas. Esse “chegar antes” é educar pensando no futuro. Sempre que nos abandonamos, retornamos à selva. Essa selva de que falo, metaforicamente, é sempre uma claudicação da inteligência. 
Luis Olivera 

Santa Sé pede união entre nações para evitar nova crise alimentar


Está marcada para o dia 27 de agosto a reunião dos membros do G20, em que as 19 maiores economias, mais a União Europeia, debaterão a política global da alimentação no mundo de hoje. O observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Genebra, Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi, anunciou que a Santa Sé pedirá união entre as maiores economias mundiais para evitar uma nova crise alimentar. 

Dom Tomasi acredita ser necessário entender as causas da escassez alimentar, que não se limitam à seca que afeta várias regiões do globo. “Grande quantidade de alimentos, de produtos agrícolas estão sendo empregados na produção de biocombustíveis, enquanto se deveria equilibrar a necessidade de defender o meio ambiente com a prioridade da alimentação, fundamental para a vida humana”, explicou.

O arcebispo italiano aponta que os países do G20 devem levar em consideração o impacto da especulação financeira ligada aos alimentos, que causa consequências nas faixas mais pobres e carentes da população.

O espetro de uma nova crise alimentar pode levar à convocação de uma conferência mundial entre o fim de setembro e o início de outubro.

O observador permanente da Santa Sé em Genebra fala de 170 milhões de crianças com problemas que derivam de uma alimentação inadequada, destacando a situação do Iêmen, Somália, Sudão do Sul e da região africana do Sahel.

A crise pode se agravar ainda mais devido à seca nos Estados Unidos, Rússia, Austrália e outros países produtores de alimentos, especialmente cereais.

No grupo do G20, estão África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, União Europeia e Turquia. (CM)

Conheça os bispos nomeados no último ano


Entre os dias 13 e 17 de agosto, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, aconteceu o 23º Encontro dos Novos Bispos. Este encontro foi criado no Brasil em 1989, para que os novos bispos pudessem compreender sua nova função dentro da Igreja. O evento é organizado pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada e contou com participação dos 13 bispos nomeados entre agosto de 2011 a julho deste ano.

O grupo de bispos foi recebido pelo presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom Pedro Brito, arcebispo de Palmas (TO) e pelo assessor da comissão, padre Deusmar Jesus da Silva. Dom Pedro explica é importante que os novos bispos partilhem entre si suas experiências. “Muitos dos bispos não se conhecem, favorecer esse intercâmbio, cria uma amizade e um companheirismo”, afirmou.
O secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, saudou os bispos, e conversou a respeito das atividades desempenhadas na CNBB. “O trabalho é árduo para que nós sejamos as testemunhas do Evangelho, é importante estarmos voltados para a nossa missão e para os povos”, disse dom Leonardo Ulrich Steiner aos 13 novos bispos. Dom Leonardo também lembrou a relevância de se “distinguir a CNBB da Igreja do Brasil”.
O presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada explica que ao assumir o bispado, é necessário que os nomeados estudem para conhecer com mais profundidade as novas funções que desempenharão. “Os bispos precisam conhecer o mecanismo CNBB, os projetos, os assessores, as comissões”.
Dom Pedro também falou sobre várias visitas realizadas durante o encontro. “Fomos à Nunciatura Apostólica, à Conferência dos Religiosos do Brasil, às Pontifícias Obras Missionárias, ao Centro Cultural Missionário. Visitamos esses locais para abrir horizontes, o bispo vai poder contar com esses organismos aliados”, elucidou dom Pedro.
Os 13 bispos atuarão em sete diferentes Regionais da CNBB, de forma titular e auxiliar. Muitos serão apresentados a uma nova realidade, a um novo desafio, uma nova missão. Cada um dos novos bispos compartilhou com os fiéis, sobre sua trajetória religiosa, áreas de atuação, e expectativas à frente do chamado vocacional, de se tornar um bispo. Leia, a seguir, os depoimentos:
Dom Gilson Andrade da Silva= Veio da diocese de Petrópolis (RJ) e foi nomeado em 27 de julho de 2011, para atuar como bispo auxiliar de Salvador (BA), onde já está atuando desde outubro. Tem 46 anos, sendo 21 anos de sacerdócio. Antes da nomeação foi reitor do seminário diocesano, professor de Teologia Fundamental, e Ética na área de Filosofia, na Universidade Católica de Petrópolis, onde também atuou como presidente da mantenedora. Na diocese, foi coordenador da Pastoral da Juventude, dentre outras atividades.

“Uma prioridade que costumo ter no meu ministério é a atenção aos padres, a formação deles, porque são eles os multiplicadores do nosso trabalho. Penso também como objetivo importante de um bispo do nosso tempo, é o diálogo com a cultura, com a cidade. E outra das minhas prioridades é a juventude, vemos uma necessidade muito grande que a mensagem do evangelho possa de novo tocar os jovens, porque percebemos que há um certo esvaziamento dessa presença na igreja”.
Dom Giovanni Crippa= Religioso dos Missionários da Consolata (congregação fundada em Milão na Itália), foi nomeado em 21 de março de 2012, como bispo Auxiliar de Salvador (BA). Tem 53 anos, sendo 27 anos de sacerdócio.

“Fui pároco em Feira de Santana (BA), era professor de História da Igreja, na faculdade Católica da arquidiocese, diretor espiritual de um seminário, membro do conselho presbiteral, e também conselheiro da província da minha congregação”.

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias= Proveniente da diocese de Jundiaí (SP) atuava como vigário geral e diretor do Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia. Tem 54 anos e em 21 de dezembro de 2011, foi nomeado bispo Auxiliar de Vitória (ES).

“Meu objetivo como bispo é incentivar a espiritualidade na diocese,. Incentivar a formação dos padres, acompanhá-los, ser um pastor seguindo as Diretrizes Gerais da Igreja, caminhar em comunhão com a CNBB, e criar essa comunhão também no presbitério”.
Dom João Justino de Medeiros Silva= Do clero diocesano de Juiz de Fora (MG) foi nomeado em 21 de dezembro de 2011, para atuar como bispo Auxiliar de Belo Horizonte. Tem 45 anos, e em Juiz de Fora era padre. Nos últimos oito anos estava dirigindo o Seminário Arquidiocesano de Santo Antônio, e coordenando o curso de Teologia. Dentre outras funções diocesanas, também era vigário na paróquia de São Pedro.

“Estou há seis meses em Belo Horizonte, está sendo uma experiência muito rica, me senti muito bem acolhido, pelo clero e pelo povo. Dom Walmor (arcebispo titular de Belo Horizonte) confiou uma série de funções, a mim e aos outros auxiliares que lá estão. Eu espero poder intensificar o meu serviço perante aquele povo, sob o pastoreio de dom Walmor”.
Dom João Santos Cardoso= Padre diocesano de Vitória da Conquista (BA) foi nomeado, em 14 de dezembro de 2011, como bispo de São Raimundo Nonato (PI). Tem 50 anos, sendo 25 anos de sacerdócio. Muito atuante na área acadêmica, possui formação em filosofia, com mestrado e doutorado em Roma. Em Vitória da Conquista, foi solicitado pelo bispo de então, dom Geraldo, para dar atenção à Pastoral Universitária. “Na universidade fui professor, pesquisador e atuei na capelania universitária. Também assumi paróquia, mas mesmo assim, continuei atuando na universidade pública, e partir dali, marquei minha presença evangelizadora no ambiente acadêmico.”

“Saio de uma realidade urbana, para uma realidade rural. Fui para uma diocese que populacionalmente é pequena, cerca de 185 mil habitantes, mas a extensão territorial é grande, o que significa, que é uma área mais rural. É uma experiência de despojamento, de todos os sentidos, de esvaziamento de si, aquela quenosis de que fala Paulo na Carta aos Filipenses, e é nesse esvaziamento que eu vou redescobrindo a minha missão, agora como pastor”.
Dom José Eudes Campos do Nascimento= Sacerdote há 17 anos, do clero da arquidiocese de Mariana (MG), e pároco em Ouro Preto (MG). Tem 46 anos, e em 27 de junho de 2012, foi nomeado bispo de Leopoldina (MG). Por dois mandatos, foi representante dos presbíteros, e assessor da Pastoral da Juventude, funções exercidas na arquidiocese. No Seminário São José foi professor de Teologia e Filosofia.

“É uma nova missão à frente da diocese de Leopoldina, nesse chamado que o Cristo faz, por isso escolhi justamente o lema: ‘Servo no amor’, para desempenhar esta missão junto ao presbitério e toda diocese. Rezo muito para que Deus me ajude a viver essa missão, e esse novo compromisso na vida da igreja”.
Dom José Gislon= Pertencente à ordem dos Fadres Menores Capuchinhos, foi nomeado em 06 de junho de 2012, como bispo de Erexim (RS). Tem 55 anos, é padre há 24 anos, e religioso há 30. Trabalhou como conselheiro da província Paraná, Santa Catarina e Paraguai, por seis anos. E nos últimos seis anos, foi conselheiro da Geral da Ordem, em Roma. “Para mim, foi uma experiência rica, porque me deu a possibilidade de conhecer várias igrejas, em várias realidades, na África, Índia, Europa, América-latina, então levo essa bagagem para igreja de Erexim, para um trabalho junto aquele povo de Deus.”

“O desafio para mim é algo novo, uma vez que vou estar a frente de uma igreja particular, tenho pensado em, primeiramente, criar uma comunhão com o clero da igreja local, porque o bispo sem essa comunhão, pastoralmente, pouco pode fazer, são os padres que estão no dia a dia em contato com o povo. Então vejo que é muito importante cuidar da formação inicial do clero, da formação permanente e manter, esse espírito de comunhão, do bispo com os padres que estão na diocese”.
Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos= Tem 49 anos, sendo 23 anos de sacerdócio, e em 21 de março de 2012, foi nomeado bispo Auxiliar de Fortaleza (CE). Atuou como pároco durante 16 anos, e estava também assumindo a presidencia da OSIB Regional Nordeste 2.

“A gente se prepara por anos para ser padre, mas ninguém para ser bispo. Então é uma surpresa muito grande, porém é uma missão, um chamado, uma vocação. Eu creio que assim como o presbiterado, o espiscopado também é uma vocação. É um chamado de Deus através da igreja, e quando Ele chama, concede a graça necessária para viver essa vocação”.
Dom José Ruy Gonçalves Lopes= Religioso da Ordem dos frades Capuchinhos foi nomeado, em 07 de setembro de 2012, como bispo de Jequié (BA). Tem 45 anos, sendo 25 anos de consagração e vida religiosa, como frade capuchinho. Foi provincial nos últimos seis anos e depois dirigiu um colégio.

“Encaro esse desafio como uma missão, e uma missão como um chamado feito pelo próprio Deus, e na perspectiva da fé, acredito que Ele chama, Ele ajuda, Ele dá a graça, e de todas as formas Ele continua sustentando e animando”.
Dom Luiz Henrique da Silva Brito= Do clero de Campos (RJ), foi nomeado em 29 de fevereiro de 2012, como bispo Auxiliar do Rio de Janeiro (RJ). Tem 45 anos, sendo 20 de sacerdócio. Na diocese atuava como chanceler do bispado, e também professor de Teologia Moral no seminário, e colaborava com outras atividades da diocese e paróquia também.

“Me coloquei a disposição da Igreja que me chamou para esse serviço do episcopado de colaborar na construção do reino de Deus. Vou dar esse apoio ao arcebispo do Rio de Janeiro que solicitou ao Santo Padre, mais colaboradores”.

Dom Roque Costa Souza= Tem 45 anos, sendo que há 18 anos atua como padre. Em 09 de maio de 2012 foi nomeado bispo Auxiliar do Rio de Janeiro (RJ). No período da nomeação, estava exercendo o cargo de reitor do Seminário São José, seminário maior de Teologia, Capelania da Polícia Militar, e também era pároco da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé.

“Criei muita expectativa em relação ao curso porque a partilha está sendo muito grande, para percebermos a questão da identidade da missão. Temos um trabalho muito importante no campo pastoral, de atualização, porque mesmo sendo bispo auxiliar, estou à frente de um vicariato na arquidiocese. Com isso, tenho que trabalhar em comunhão, com dom Orani, com os demais bispos auxiliares, com os padres, os diáconos, e todo povo de deus para levar adiante a missão de Jesus”.
Dom Rubens Sevilha= Pertencente à congregação da Ordem dos Carmelitas Descalços (OCD), foi nomeado em 21 de dezembro de 2011, como bispo Auxiliar de Vitória (ES). Tem 52 anos, sendo 27 de sacerdócio. Atuava como provincial dos Carmelitas Descalços, no sudeste do Brasil.

“A primeira experiência como um bispo novo, é que muda muito, sobretudo para um religioso, o ritmo de vida, o estilo, a proposta. Então é uma mudança muito drástica. Até o modo de celebrar o rito, o contato com as pessoas, tudo muda. Como bispo, abre-se um leque enorme de funções, de atividades. Mas a base não muda, ser de Deus e para Ele, que é o essencial, não muda”.
Dom Sérgio de Deus Borges= Da diocese de Cornélio Procópio, foi nomeado em 27 de junho de 2012, como bispo Auxiliar de São Paulo (SP). Tem 45 anos, e sua principal área de atuação é a judicial. “Sou formado em direito canônico e era vigário judicial do Tribunal Eclesiástico de Londrina, e sou presidente da Sociedade Brasileira de Canonistas”, disse.

“Fiquei muito atento a um texto que li, que ‘o bispo deve dar primazia ao ser, e não ao fazer, então ser bispo, e não fazer bispo”, citou.

“Maria tem um coração alargado como o de Deus”, lembra Bento XVI



AFP
O Papa Bento XVI saudou os creca de 3 mil fiéis que compareceram à celebração da Solenidade de Assunção de Nossa Senhora
O Papa Bento XVI celebrou, na quarta-feira, 15, a Santa Missa na paróquia pontifícia de “São Tomás de Villanova”, em Castel Gandolfo. Neste dia, a Igreja celebra a Solenidade da Assunção da Virgem Maria. O Pontífice lembrou, na homilia, que na Assunção é possível ver que há espaço para o homem em Deus e que Maria, estando unida a Ele, não se distancia, mas participa da presença de Deus e tem um coração grande como o Dele.

“Em Deus, há espaço para o homem, e Deus está perto, e Maria, unida a Deus, está muito perto, tem um coração alargado como o coração de Deus”, disse o Papa. Ele também destacou outro aspecto, que é o fato de haver espaço no homem para Deus. E esta presença, segundo o Pontífice, se realiza na fé. “Na fé abrimos as portas do nosso ser para que Deus entre em nós, para que Deus possa ser a força que dá vida e caminho ao nosso ser”.

Bento XVI explicou que a solenidade da Assunção é um convite para louvar a Deus e olhar para a grandeza de Nossa Senhora, “para que conheçamos Deus na face dos seus”. Para explicar o porquê de Maria ser glorificada na assunção ao céu, o Papa citou o trecho do Evangelho de São Lucas, em que se vê a raiz da exaltação e do louvor à Maria na expressão de Isabel: “Feliz aquela que acreditou” (Lc 1, 45).

“E o Magnificat, este canto ao Deus vivo e operante na história é um hino de fé e de amor, que brota do coração da Virgem. Ela viveu com fidelidade exemplar e guardou no mais íntimo do seu coração as palavras de Deus ao seu povo, as promessas feitas a Abraão, Isaac e Jacó”, destacou Bento XVI.

O Papa lembrou ainda que Deus aguarda seus filhos, de forma que os fiéis não caminham sozinhos e, indo ao outro mundo, encontram a bondade da Mãe, o Amor eterno.  “Deus nos espera: esta é a grande alegria e a grande esperança que nasce exatamente desta festa. Maria nos visita, é a alegria da nossa vida e é a esperança da nossa alegria”.
 

Missão da família se estende à toda humanidade, diz bispo



Arquivo Canção Nova
'A medida que a família dá aquilo que é uma riqueza interna, ela se enriquece mais', afirma Dom Antônio Augusto
O projeto de Deus para a família é muito amplo, engloba a vivência do amor e do perdão, de um relacionamento profundo no próprio âmbito familiar. No entanto, também é um projeto que diz respeito a toda a humanidade.

Essa reflexão é do bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias Duarte, também membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, sobre a relação da família e da comunidade. O tema é um dos assuntos tratados na Semana Nacional da Família, que está sendo celebrada em todo o país até o dia 18 deste mês.

O bispo explica que a família não existe para si mesma. "Ela é chamada a ser evangelizadora. A família não está para si, como também o indivíduo não está para si, mas para o outro. A família está para outras famílias, para a comunidade paroquial, para toda a humanidade".

Nessa afirmação está incutido um papel muito grande da Igreja, destaca Dom Antônio, que é o de mostrar à família que todos os valores bons que ela cultiva dentro de si, só continuarão a crescer se for "expandido", transmitido a outras comunidades.

"A lógica de Deus é inversa - 'Dai e dar-se-vos-á' (Lc 6,38). Quando se compartilham os bens espirituais eles se multiplicam. À medida que a família dá aquilo que é uma riqueza interna, ela se enriquece mais e as pessoas estarão muito mais satisfeitas. Por outro lado, a família que se fecha em si mesma, se empobrece. Então, abrir-se à comunidade é uma questão de sobrevivência da família", enfatiza.

Como ensinar os filhos?

Para Dom Antônio, a melhor maneira de ensinar os filhos a estarem atentos aos outros é proporcionar que eles tenham proximidade com os irmãos que mais precisam.

"Visitar hospitais, orfanatos, casas de repouso para idosos, levar os filhos para verem os mendigos nas praças... Sem nenhum receio, fazer com que os filhos se sensibilizem com as necessidades dos outros. Vejam pessoas que vivam felizes com tão pouco. E entendam que, muitas vezes, o que eles mais precisam não é de roupas e alimentos, mas de atenção, de alguém que compartilhe com eles momentos que passam sozinhos", exemplifica o bispo.

Atitudes como essas "desenvolvem e dilatam" o coração, diz Dom Antônio, "faz os filhos crescerem com esse sentido, essa sensibilidade social".

Exemplo dos cristãos

Os primeiros cristãos viviam de perto essa realidade. Eles conviveram com Jesus ou com testemunhas diretas da vida de Cristo e O anunciavam. O subsídio para a Semana Nacional da Família destaca que as primeiras comunidades cristãs tinham o costume de praticar gestos de amor fraterno e de caridade aos domingos.

"Alimentados da Eucaristia dominical transformavam o dia do Senhor no dia da caridade, assumindo a dimensão evangélica do serviço", explica o texto.

Essa atitude dos primeiros cristãos tem sido muito enfatizada pelo Papa Bento XVI, que nos convida a "conhecer a Cristo e levá-lo à nossa sociedade", destaca Dom Antônio. "A Igreja se faz não simplesmente com as estruturas, com os meios econômicos e tecnológicos de que dispomos, mas se faz com pessoas que sabem ter esse encontro pessoal com Cristo".

Os primeiros cristãos dialogaram com a cultura da época e conseguiram extrair dela os valores positivos. Também os cristãos de hoje podem fazer a diferença na sociedade.

"É possível vencer a cultura do individualismo com a valorização da pessoa como criatura de Deus. É possivel vencer a cultura da morte mostrando o valor divino da vida. É possivel vencer a cultura do consumismo mostrando às pessoas que os bens materiais são necessários para desenvolver o bem de todos [...] Assim dialogamos com a cultura e fazemos com que ela seja um veículo de comunicação de Deus", concluiu Dom Antônio.