sexta-feira, 28 de setembro de 2012

CNBB repudia o uso da imagem de Cristo em capa de revista esportiva


Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, recebeu jornalistas na sede da Conferência, em Brasília, para apresentar Nota de Repúdio assinada pela presidência da entidade manifestando profunda indignação com o uso inadequado da imagem de Jesus Cristo crucificado feita pela revista de esportes Placar.

A revista traz na capa da edição de outubro uma foto, em que o jogador do Santos, Neymar, aparece "crucificado".
Veja a íntegra da Nota:

NOTA DE REPÚDIO
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, manifesta profunda indignação diante da publicação de uma fotomontagem que compõe a capa de uma revista esportiva na qual se vê a imagem de Jesus Cristo crucificado com o rosto de um jogador de futebol.
Reconhecemos a liberdade de expressão como princípio fundamental do estado e da convivência democrática, entretanto, que há limites objetivos no seu exercício. A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial.
A publicação demonstrou-se, no mínimo, insensível ao recente quadro mundial de deplorável violência causado por uso inadequado de figuras religiosas, prestando, assim, um grave desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças.
A fotomontagem usa de forma explícita a imagem de Jesus Cristo crucificado, mesmo que o diretor da publicação tenha se pronunciado negando esse fato tão evidente, e isso se constitui numa clara falta de respeito que ofende o que existe de mais sagrado pelos cristãos e atualiza, de maneira perigosa, o já conhecido recurso de atrair a atenção por meio da provocação.
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

A liturgia é uma fonte preciosa para crescer na oração, diz Papa



Arquivo
Onde o olhar sobre Deus não é determinante, todas as outras coisas perdem a sua orientação, disse o Papa aos fiéis durante a catequese
O Papa Bento XVI deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre a oração. Reunido com os fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano, o Papa recordou que a primeira escola para a oração, como visto ao longo dessas semanas, é a Palavra de Deus. Ele acrescentou que há uma outra fonte preciosa para crescer na oração: a liturgia.

“Há agora um outro precioso ‘espaço’, uma outra preciosa ‘fonte’ para crescer na oração, uma fonte de água viva em estreitíssima relação com a anterior. Refiro-me à liturgia, que é um âmbito privilegiado no qual Deus fala a todos nós, aqui e agora, e atende a nossa resposta”.

Recorrendo ao que diz o Catecismo da Igreja Católica, o Papa lembrou ainda que, na tradição cristã, a palavra “liturgia” significa que o Povo de Deus participa da obra de Deus, “porque o povo de Deus como tal existe somente por obra de Deus”.

O próprio Concílio Vaticano II iniciou seus trabalhos com a discussão sobre a sagrada liturgia. Com isso, o Papa disse que o Concílio trouxe de modo muito claro o primado de Deus, a sua prioridade absoluta.

“Onde o olhar sobre Deus não é determinante, todas as outras coisas perdem a sua orientação. O critério fundamental para a liturgia é a sua orientação para Deus, para poder assim participar da sua obra”.

Sobre a possível pergunta acerca de qual seria esta obra da qual somos chamados a participar, Bento XVI explicou que a resposta da Constituição conciliar sobre a sagrada liturgia é aparentemente dupla: uma diz que a obra de Deus são as suas ações históricas, que levam à salvação, culminada na Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A outra resposta define a própria celebração da liturgia como “obra de Cristo”.

“Na verdade, esses dois significados são inseparavelmente ligados. Se nos perguntamos quem salva o mundo e o homem, a única resposta é: Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, crucificado e ressuscitado”.

Por fim, o Papa enfatizou que só vivemos e celebramos bem a liturgia se permanecemos em atitude de oração. Ele finalizou exortando os fiéis a rezarem para que sejam cada vez mais conscientes de que a Liturgia é ação de Deus e do homem.

“ Rezemos ao Senhor para sermos cada dia mais conscientes, de fato, de que a Liturgia é ação de Deus e do homem; oração que vem do Espírito Santo e de nós mesmos, inteiramente voltada ao Pai, em união com o Filho de Deus feito homem (cfr Catecismo da Igreja Católica, n. 2564)”. 

Seminário Juventude e Missão será transmitido ao vivo pela internet



Cartaz de divulgação
Seminário Nacional Juventude e Missão acontece de 28 a 30 de setembro em Brasília
Começa na tarde desta sexta-feira, 28, em Brasília, o Seminário Nacional Juventude e Missão, promovido pelas Comissões Episcopais Pastorais para a Juventude e para a Dimensão Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, em parceria com as Pontifícias Obras Missionárias (POM).

Cerca de 300 participantes irão refletir sobre o tema "A alegria de ser jovem, discípulo missionário de Cristo". A proposta do evento é proporcionar às lideranças jovens das dioceses envolvidas em atividades missionárias e do Setor da Juventude um impulso na missão permanente da Igreja - evangelizar.

"As inscrições que incluem hospedagem estão encerrradas, mas se a pessoa tiver um local para se hospedar poderá ainda se inscrever", explica a secretária da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Gracielle Reis, também membro da Equipe Nacional de Comunicação "Jovens Conectados".

O evento poderá também ser acompanhado ao vivo pelo site http://jovensconectados.tv

Esse é o terceiro seminário promovido este ano. O primeiro aconteceu no mês de maio, com enfoque na comunicação, o segundo, em julho, sobre bioética, e agora, o terceiro, sobre missão. "Os encontros são preparatórios para a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho de 2013", ressalta Gracielle.


Confira a programação: 

Sexta-feira - 28/09

- Credenciamento: Das 16h às 18h
- 18h – Jantar
- 19h30 - Abertura Oficial – Composição da Mesa
- 20h - 1ª Palestra - Objetivo geral – Ir. Nery
• 21h - Vídeo – Ir. Dirce
• 21h10 - Leitura orante da Bíblia – Pitter, da Comunidade Canção Nova
• 21h50 - Avisos e Encerramento

Sábado - 29/09

- 08h – Animação – Juventude Missionária de Brasília
- 08h15 – Oração da Manhã – Coordenação Nacional de Jovens
- 08h30 - Mesa de debate – Paulo Mansan
- 09h30 - Intervalo
- 10h - Video e Debate – Maciel Cover
- 11h - Missa no Santuário Dom Bosco
- 12h - Almoço
- 14h30 - Animação - Juventude Missionária de Brasília
- 14h45 - Os campos de missão na Igreja - Pe Estevão
- 15h30 - Testemunhos de 3 expressões Missionárias: O Bom Pastor / O Semeador / O Pescador
- 16h15 - Intervalo
• 16h45 - Grupos de partilha orientados
• 17h45 - Grupos de Reflexão orientados
• 18h15 - Fechamento – Dom Eduardo Pinheiro
• 18h35 - Oração do terço – Terço Missionário
• 19h - Jantar
• 20h - Vigília Pré-JMJ na Catedral de Brasília

Domingo - 30/09

- 08h - Animação - Juventude Missionária de Brasília
- 08h15 - Oração da Manhã - Coordenação Nacional de Jovens
- 08h30 - Partilha dos Grupos de 100
- 09h - Síntese do Seminário – Ir. Nery
- 09h30 - Vídeo – Pe. Sávio
- 09h40 - Flash Mob. - Jovens Conectados
- 10h30 - Retorno ao auditório
- 10h45 - JMJ e Semana Missionária – Pe. Sávio
- 11h45 - Avisos
- 12h - Missa final e envio - Dom Eduardo Pinheiro
- 13h - Almoço e despedida

Para secretário da CNBB, revista agiu de maneira inadequada


CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário Geral da CNBB
Na tarde desta, sexta-feira, 28, o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, concedeu uma entrevista, na sede da Conferência, em Brasília (DF), na qual repudiou a publicação da revista Placar em que faz alusão à imagem de Jesus Cristo crucificado. Na fotomontagem da capa da revista, o jogador Neymar, do Santos Futebol Clube, aparece como Jesus na cruz.
Para o secretário geral da CNBB a revista agiu de maneira inadequada e inapropriada. “Houve um uso inadequado da imagem da pessoa de Jesus Cristo. Certamente muitos cristãos se sentiram ofendidos, mas nós temos que dizer que foi um uso inadequado, inapropriado da pessoa de Jesus, que para os cristãos é uma pessoa decisiva, é o fundamento da vida dos cristãos, por isso acho que é uma ofensa".

" Depois o Ocidente todo está marcado por Jesus Cristo crucificado, por isso usar uma imagem de uma pessoa tão decisiva (Jesus) foi um despropósito da revista”, disse o secretário, que destacou não crer que a população brasileira haja da mesma forma que alguns países islâmicos, como no caso recente do filme sobre o profeta Maomé. “A população brasileira reage de modo diverso. A nossa cultura é outra, mas certamente sentiremos mais por meio de sites, blogs e mídias sociais, a manifestação contrária a capa da revista. Nós já recebemos manifestações contrárias, e claro, não se espera que essas manifestações se estendam às ruas como tem acontecido em outras culturas”, sublinhou o secretário geral.
O diretor de redação da revista, Maurício Barros, destaca que, embora o crucificado “mais famoso” tenha sido Jesus, “Neymar não está retratado como Jesus Cristo, nem de longe”, na fotomontagem feita pela revista em sua capa. Já dom Leonardo Steiner discorda da afirmação do diretor. Segundo o bispo, a imagem exposta na revista é sim a figura explícita de Jesus Cristo. “Nós vemos ali os elementos fundamentais da figura de Jesus Cristo. É visível isso na capa. Até porque aparecem os elementos, como o resto da túnica de Jesus que envolve o corpo e o sinal do traspassamento da lança”, disse.
Dom Leonardo afirmou também que revista quer calar o direito da torcida em se manifestar em relação ao atleta santista, usando uma imagem de Jesus no calvário. “Uma capa neste estilo, neste teor é uma agressão à liberdade da torcida. Estão querendo calar a torcida, que tem direto a se manifestar, e, usar a Jesus Cristo crucificado para dizer que o jogador está sendo crucificado é inibir a liberdade de expressão da torcida. O ‘cai-cai’, a que se refere a revista, foi um elemento que levou a criação da fotomontagem”.
Em relação ao jogador, o secretário geral ressalta que não espera que haja manifestações contrárias por causa da revista. “Espero que não aconteça isso (manifestações). O jogador merece todo o respeito. Ele tem a sua dignidade e espero que ele mantenha esta dignidade, este respeito da parte da torcida em relação a ele”.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

FESTA EM LOUVOR A SÃO VICENTE DE 23 A 27/09/2012



Local: Paróquia Santa Rita de Cássia (Abrigo São Vicente)

PROGRAMAÇÃO:
23/09/2012 - ABERTURA ÀS 15:00 h COM A BANDA DA POLÍCIA MILITAR.

1ª NOITE: 24/09/2012 - SEGUNDA-FEIRA - 19:00 h
SUBTEMA: DEUS PAI E A MISSÃO DE CRIAR NAS SAGRADAS ESCRITURAS.
PREGADOR: Pe. Aldemiro
CONVIDADOS: Paróquia São Francisco - Comunidade do Divino - Irmãs Religiosas N. Sra. da Piedade - Corpo de Bombeiro - Infraero - Polícia Militar - Comunidade Novo Céu - Escola Santa Clara - Pastoral da Catequese - Loja Cacá Colchões - Marinha e Exército.
ANIMAÇÃO: Ministério de Música Filhos de Maria/RCC.
OFERTA: Café.

2ª NOITE: 25/09/2012 - TERÇA-FEIRA - 19:00 h
-SUBTEMA: JESUS CRISTO O FILHO DE DEUS E A SUA MISSÃO DE SALVAR NO MUNDO.
-PREGADOR: Pe. Marcos
-CONVIDADOS: Comunidade São Paulo, Apóstolo - Legião de Maria - MOVIMENTO VINDE E VEDE - Cursilhistas - Encontro de Casais - Pastoral Familiar - Apostolado da Oração - Paróquia Santo Antônio da Barra - Família Quinto de Souza - Lojas Maçônicas - Ângela Souza - PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA - ENEUC - Grupos Ágape e Angelus.
- ANIMAÇÃO: BANDA VINDE E VEDE.
-OFERTA: Óleo

3ª NOITE: 26/09/2012 - QUARTA-FEIRA - 19:00 h
- SUBTEMA: O ESPÍRITO SANTO AMOR DO PAI E DO FILHO E A SUA MISSÃO NA IGREJA.
-PREGADOR: Pe. Ademir
CONVIDADOS: Paróquia N. Sra. Aparecida - Paróquia Santa Terezinha - Família Albagli - Paróquia Santíssima Trindade - Grupo Escalada - Paróquia Guadalupe - Guarda Municipal - Açougue Ávila - Amigos e Voluntários do Abrigo São Vicente - Catedral de São Sebastião - Comunidade N. Sra. da Vitória - Igreja São Jorge.
-ANIMAÇÃO: Coral da Missa para Homens
-OFERTA: Feijão

4ª NOITE: 27/09/2012 - QUINTA-FEIRA - 19:00 h
-MISSA SOLENE COM: D. MAURO MONTAGNOLI E PE. EVANDRO
-CONVIDADOS: Diretoria - Idosos - Funcionários do Abrigo São Vicente - Comunidade Frei Galvão - Paróquia Santa Rita - Comunidade São José - Comunidade N. Sra. De Lourdes - Bahia Mineração - Comunidade São Vicente.
-ANIMAÇÃO: Coral São Vicente
-OFERTA: Leite em pó.

APÓS A MISSA TEREMOS SHOW AO VIVO VOZ E VIOLÃO.
24/09/2012: Robson Carvalho
25/09/2012: Amanda Andrade
26/09/2012: Marcelo Bastos
27/09/2012: Alex Costa

OBS: VENDAS DE SALGADOS, TORTAS, REFRIGERANTE, ETC .

Juntos somos mais!!

Sem Maria não há Igreja

Ela compartilha a missão de Seu Filho



Bento XVI afirma que a presença da mãe de Deus com os apóstolos, depois da Ascensão, não é apenas o dado histórico de um acontecimento do passado. A presença de Nossa Senhora no Cenáculo adquire um significado de grande valor, pois ela partilha com eles a memória viva de Jesus na oração. Ela compartilha a missão de Seu Filho, de conservar a Sua memória, a Sua presença.

O Santo Padre nos lembra que para gerar o Verbo, a Virgem Maria já recebeu o Espírito Santo. No Cenáculo, unida em oração com os apóstolos, ela compartilha a expectativa do mesmo dom, para que, no coração de cada crente, “se forme Cristo” (cf. Gl 4, 19). Sem Pentecostes não há Igreja e não há Pentecostes sem a Mãe de Jesus, pois Ela viveu, de modo único, o que a Igreja experimenta todos os dias pela ação do mesmo Espírito. São Cromácio de Aquileia dizia que: “não se pode falar de Igreja se não estiver presente Maria, mãe do Senhor […] A Igreja de Cristo se encontra onde se anuncia a Encarnação de Cristo por meio da Virgem”.

A Constituição Dogmática Lumen Gentium afirma que o lugar privilegiado de Maria é a Igreja, onde Ela é saudada como membro eminente e inteiramente singular. Nossa Senhora é exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade (cf. LG 53).

Assista também: "Maria, modelo de amor a Deus", com padre Paulo Ricardo

Bento XVI ressalta que “venerar a mãe de Jesus na Igreja significa aprender com ela a ser comunidade que reza”. A oração é uma das características essenciais da primeira descrição da comunidade cristã descrita nos Atos dos Apóstolos (cf. 2,42). Muitas vezes, nossas orações acontecem em momentos de sofrimento para receber luz, consolação e ajuda. Mas Maria nos convida a nos dirigir a Deus “não só na necessidade, nem só para nós mesmos, mas de modo unânime, perseverante e fiel, num só coração e numa só alma.

Nossa vida, às vezes, passa por momentos difíceis e exigentes, que requerem escolhas inadiáveis, renúncias e sacrifícios. “A Mãe de Jesus foi posta pelo Senhor em momentos decisivos da história da salvação e soube responder, sempre, com plena disponibilidade, fruto de um vínculo profundo com Deus amadurecido na oração assídua e intensa”. Na Sexta-feira da Paixão, o discípulo amado foi entregue à Virgem Maria e, com ele, toda a comunidade dos discípulos (cf. Jo 19,26). “Entre a Ascensão e o Pentecostes, ela se encontra com e na Igreja em oração” (cf. At 1,14).

Nossa Senhora é Mãe de Deus e Mãe da Igreja. Ela exerce a sua maternidade espiritual até o fim da história. Confiemos a ela toda a nossa existência pessoal e eclesial, e também a nossa passagem final. Maria nos ensina a necessidade da oração e nos mostra que só com um vínculo constante, íntimo e cheio de amor com o seu Filho é que podemos sair de nós mesmos, com coragem, para alcançar os confins do mundo e anunciar em toda a parte o Senhor Jesus, Salvador do mundo.
Natalino Ueda - Comunidade Canção Nova
http://blog.cancaonova.com/tododemaria

Deus nos pede para vencermos nosso orgulho, diz Bento XVI



Reuters
"Seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver", afirmou Bento XVI
Neste domingo, 23, o Papa Bento XVI disse que o Senhor nos pede para sermos humildes e derrotar o orgulho enraizado em nós. Durante a oração mariana do Angelus, recitada no pátio interno da residência Apostólica de Castel Gandolfo, o Santo Padre afirmou que é necessário uma mudança no nosso modo de pensar e de viver para seguir a Deus.

“Seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver, requer abrir o coração à escuta para deixar-se iluminar e se transformar interiormente”, explicou.

Um ponto-chave no qual Deus e o homem se diferenciam é o orgulho – continuou o Papa; em Deus não há orgulho, porque Ele é total plenitude e é todo inclinado a amar e doar vida; em nós homens, ao invés, o orgulho está intimamente enraizado e requer constante vigilância e purificação.

Bento XVI acrescentou que “nós, que somos pequenos, aspiramos parecer grandes e sermos os primeiros, enquanto Deus não teme em se inclinar e se fazer último, por isso pediu à Virgem Maria que mostre a todos o caminho da fé em Jesus através do amor e da humildade.

Momentos antes o Papa recordou que nos últimos encontros, para a oração do Angelus, ele está meditando sobre o Evangelho de Marcos. Domingo passado entramos na segunda parte, isto é na última viagem de Jesus em direção a Jerusalém e em direção ao ápice da Sua missão.

A passagem deste domingo (cf. Mc 9,30-37) contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho do Homem – expressão com a qual designa a si mesmo - será entregue nas mãos dos homens, e eles irão matá-lo; mas, depois de morto, depois de três dias, ressuscitará" (Marcos 9:31). Os discípulos”, não entendiam estas palavras, e tinham medo de interrogá-lo”.

Na saudação que fez aos peregrinos de língua francesa o Santo Padre agradeceu mais uma vez aqueles que acompanharam com a oração no último fim de semana a sua viagem apostólica ao Líbano, e extensivamente a todo o Oriente Médio.

“Continuem rezando pelos cristãos do Oriente Médio, pela paz e pelo diálogo sereno entre as religiões” – disse o Papa – recordando que neste sábado foi beatificado na localidade francesa de Troyes o sacerdote Louis Brisson, fundador no século XIX dos Oblatos e Oblatas de São Francisco de Sales.

Já em polonês o Papa recordou que no Evangelho deste domingo Jesus dá atenção especial às crianças. Diz: “quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que acolhe”.

“Peçamos a Deus que essas palavras – acrescentou – inspirem todos aqueles que são responsáveis pelo dom da vida, das dignas condições de existência e de educação, do seguro e sereno crescimento das crianças. Toda criança possa gozar do amor e do calor familiar!".

Pe. Zezinho recebe alta e estado de saúde é estável




Arquivo
Padre Zezinho, SJC, recebeu alta do hospital e sua melhora é progressiva, segundo o boletim médico divulgado hoje
Padre José Fernandes de Oliveira, 71 anos, conhecido como padre Zezinho, SCJ, recebeu alta do Hospital Pio XII nesse domingo, 23.

sacerdote estava internado, em São José dos Campos (SP) desde a última quarta-feira, 19, após sofrer uma isquemia cerebral.

Segundo o boletim médico divulgado na manhã desta segunda-feira, o sacerdote apresentou boa evolução clínica, mostrando sinais de recuperação da leve disfunção neurológica.

De acordo com o médico responsável, Dr. Elisio Barros Avidago, os exames realizados não mostraram alterações significativas e o estado de saúde de padre Zezinho é estável, com melhora progressiva.

SEMANA DA CIDADANIA NA PARÓQUIA SANTA RITA


           
PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA - BAIRRO DA CONQUISTA
DIOCESE DE ILHÉUS - BAHIA


  

A Paróquia Santa Rita de Cássia tem a oportunidade de refletir e comprometer-se de modo responsável com projetos e atividades de melhorias sociais e cidadãs na comunidade. 
Com o tema: Estado para que, e para quem? Queremos estar em comunhão com a Semana Social Brasileira e o Centenário diocesano, reafirmando o que nos diz o Documento de Aparecida: Todo o povo de Deus é chamado a ser discípulo missionário de Jesus Cristo, cada um no serviço específico que escolheu ou que lhe foi confiado.

 
Discipulado e missão conferem a identidade e a comunhão na diversidade dos serviços específicos.


Você é nosso convidado. Venha participar da nossa Semana da Cidadania!


Data: 28 a 30 de setembro 2012

Local: Clube Tengão - Bairro da Conquista.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O sinal da Santa Cruz


         Com a Virgem Maria aos pés da cruz
A Igreja oferece, na liturgia, a melodia da palavra e da oração para ritmar os passos da vida humana. Como na música, o tempo forte da dança da vida é dado pelo domingo, o Dia do Senhor, no qual se fazem presentes, de forma excepcional, os grandes mistérios do Cristo, em Sua Morte e Ressurreição. Os mistérios como aEncarnação do Verbo de Deus e Seu nascimento em Belém, a vida em Nazaré, no maravilhoso recôndito da família, a pregação do Evangelho, o chamado dos discípulos, os milagres, a entrada na vida cotidiana das pessoas, a prática do seguimento de Jesus na experiência dos santos, tudo isso é apresentado durante o ano para que as leis da oração e da fé iluminem os passos dos cristãos e contribuam para chamar outras pessoas à mais digna aventura humana, acolher Jesus Cristo, n'Ele acreditar e fazer-se discípulo.
Neste final de semana, a delicadeza da providência nos põe diante dos olhos a festa da Exaltação da Santa Cruz, a festa de Nossa Senhora das Dores e o diálogo de Jesus com Seus discípulos, quando da profissão de fé feita por Simão Pedro (Mc 8,27-35). É tempo privilegiado para discípulos de ontem e de hoje se decidirem.
A cruz, terrível instrumento de suplício, quando o Corpo Santo do Senhor a tocou, tornou-se sinal de salvação, causa de glória e honra para todos os seres humanos. Olhar na fé para o Senhor, que foi elevado da terra, é estrada de graça e de vida (Cf. Nm 21,4-9; Jo 3,13-17). O apóstolo São Paulo, que não conhece outra coisa senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado (Cf. I Cor 2,2), identificou-se de tal modo com este mistério que pôde dizer: "Com Cristo, eu fui pregado na cruz. Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Minha vida atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,19-20). Para ele, a escolha foi feita e caíram todos os laços com o passado: “Quanto a mim, que eu me glorie somente da cruz do nosso Senhor, Jesus Cristo. Por Ele o mundo está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo” (Gl 6,14). 

Assista também: "O Amor que brota da cruz", com Márcio Mendes

A Igreja canta com alegria e não esmagada pelo peso da cruz: “Quanto a nós, devemos gloriar-nos na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é nossa salvação, nossa vida, nossa esperança de ressurreição, e pelo qual fomos salvos e libertos”. Ao iniciar a Páscoa, na Quinta-feira Santa, proclama sua convicção, retomando a proclamação da glória da cruz: “Esta é a noite da ceia pascal, a ceia em que nosso Cordeiro se imolou. Esta é a noite da ceia do amor, a ceia em que Jesus por nós se entregou.

Esta é a ceia da nova aliança. A aliança confirmada no Sangue do Senhor”. A cruz de Jesus é estandarte de vida a ser alçado em todos os lugares, como sinal da presença dos homens e mulheres de fé. A vida resplandece onde o Cristo morto e, depois, ressuscitado - “Victor quia victima - Vencedor porque vítima” (Santo Agostinho, em Confissões X, 43) - se faz presente!
Aos pés da cruz de Jesus, estava Sua mãe, Maria, mulher altiva na sua fé (Cf. Jo 19,25-27), fiel até o fim para dizer seu segundo 'sim'; desolada e depois glorificada. Anos antes, havia recebido o anúncio da espada de dor a transpassar seu coração pela palavra de Simeão (Lc 2 34-35). A Igreja celebra a sua “festa”, pois vê, em seu mistério profundo de dor e de entrega, o chamado que se dirige a todos os homens e mulheres. Com ela somos chamados a permanecer de pé, firmes diante de todo o mistério do sofrimento existente na vida.
Os discípulos de Jesus, Pedro à frente, percorreram muitas e exigentes etapas em sua formação (Cf. Mc 8,27-35) para chegarem a vislumbrar o mistério de Cristo. Pareceu-lhes sempre difícil entender que havia uma lógica diferente quando esperavam um messias vitorioso, capaz de destruir todas as forças inimigas do bem. E a trilogia deste final de semana se conclui com a provocação, oferecida pela Igreja, a que, mais uma vez, as pessoas de nosso tempo se decidam a percorrer uma estrada diferente. “A lógica de qualquer projeto humano de conquista do poder é luta-vitória-domínio.
A lógica de Jesus ao invés é: luta-derrota-domínio!Também Jesus lutou - e como lutou! - contra o mal no mundo. Com efeito, o título de Jesus Cristo ressuscitado – “Senhor” – é um título de vitória e de domínio, de modo que chega a criar uma incompatibilidade com o reconhecimento de outro senhor terreno; mas se trata de um domínio não baseado na vitória, mas na cruz” (Cf. Raniero Cantalamessa, “O Verbo se faz Carne”, no prelo, Editora Ave-Maria).
Concretizar esta escolha é apenas decidir-se a sair de si para amar e servir, buscando o que constrói o bem de todos, vencendo primeiro a si mesmo. Magnífica aventura! Vale a pena experimentar!

Foto
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

Discípulos de Cristo devem dar testemunho de unidade, diz Papa


O Patriarcado Sírio-Católico de Charfet, no Líbano, cuja biblioteca é famosa por seu mais de 3000 manuscritos em língua síria é árabe, sediou neste domingo, 16, o encontro ecumênico do Papa Bento XVI com os patriarcas ortodoxos, representantes protestantes e patriarcas católicos do Líbano. O Pontífice destacou que, diante dos tempos de instabilidade e propícios à violência, é mais urgente que os discípulos de Cristo deem um testemunho autêntico de sua unidade.


“Nosso encontro desta tarde é um sinal eloquente do nosso profundo desejo de responder ao apelo do Senhor Jesus: "Que todos sejam um" (Jo 17, 21). Nestes tempos instáveis e propensos à violência que conhece a vossa região, é cada vez mais urgente que os discípulos de Cristo dêem um testemunho autêntico da sua unidade, para que o mundo creia na sua mensagem de amor, paz e reconciliação".

Bento XVI também quis homenagear o testemunho de fé que a Igreja siríaca de Antioquia ofereceu ao longo de sua gloriosa história, testemunho este de um amor ardente por Cristo. "Encorajo-a a ser, para os povos da região, sinal da paz que vem de Deus e luz que vivifica a sua esperança. Este encorajamento torno-o extensivo a todas as Igrejas e comunidades eclesiais presentes nesta região".

Bento XVI afirmou ainda que é preciso trabalhar sem descanso para que o amor por Cristo possa conduzir a uma plena comunhão entre as pessoas. "Por isso, através da oração e do compromisso comum, devemos retornar continuamente ao nosso único Senhor e Salvador. Como escrevi na Exortação apostólica Ecclesia in Medio Oriente, que tenho o prazer de vos oferecer, Jesus "une aqueles que acreditam n'Ele e O amam, concedendo-lhes o Espírito de seu Pai e também Maria, sua Mãe" (n. 15)".

O Papa concluiu confiando à Virgem Maria os membros das diversas Igrejas e comunidades. “Que Ela interceda em nosso favor junto do seu divino Filho para que sejamos libertos de todo o mal e de toda a violência, e que esta região do Médio Oriente conheça finalmente o tempo da reconciliação e da paz.”

Assista ao clipe do Hino Oficial da JMJ Rio2013


Assista ao clipe do Hino Oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013: "Esperança do Amanhecer", divulgado nesse domingo, 16.

O clipe oficial foi gravado por grandes nomes da música católica como Eliana Ribeiro, Olívia Ferreira, Adriana Arydes, Walmir Alencar, e dos vocalistas Leandro, da banda Frutos de Medjugorje, e Guilherme, da Rosa de Saron, no alto do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Cerca de 200 jovens voluntários participaram da gravação.

Confira
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=5pgI_iMXzeM



A cura do coração nos abre a Deus e aos outros, diz Papa



Reuters
Esta pequena palavra - effatà – abre-te -, resume em si toda a missão de Cristo, explicou Bento XVI no Angelus deste domingo
Um alegre grupo de fiéis e peregrinos acolheu o Papa Bento XVI, no Pátio interno da residência de Castel Gandolfo, para rezar com ele a oração mariana do Angelus deste domingo, 9.

Ao comentar o Evangelho de hoje (cf. Mc 7,31-37), o Papa explicou que há uma pequena palavra, muito importante, que no seu sentido profundo resume toda a mensagem e toda a obra de Cristo. O evangelista Marcos a cita na mesma língua em que Jesus a pronunciou, de modo que a sentimos ainda mais viva. Esta palavra é "effatà", que significa: “abre-te”.

Jesus estava atravessando a região dita "Decápoli", entre o litoral de Tiro e Sidônia e a Galileia. Levaram a ele um homem surdo-mudo, para que o curasse. Jesus o apartou, tocou suas orelhas e a língua e depois, olhando em direção ao céu, com um profundo suspiro, disse: "Effatà", que significa justamente: “Abre-te”. E imediatamente aquele homem começou a ouvir e a falar. Graças ao gesto de Jesus, aquele surdo-mudo “se abriu”; antes estava fechado, isolado; a cura foi para ele uma "abertura" aos outros e ao mundo, uma abertura que, partindo dos órgãos do ouvido e da palavra, envolvia toda a sua pessoa e a sua vida.

Bento XVI acrescentou que o fechamento do homem, o seu isolamento, não depende somente dos órgãos do sentido. Há um fechamento interior, que diz respeito ao núcleo profundo da pessoa, aquilo que a Bíblia chama de “coração”. É isso que Jesus abriu, libertou, para nos tornar capazes de viver plenamente a relação com Deus e com os outros.

"Eis porque dizia que esta pequena palavra, 'effatà – abre-te', resume em si toda a missão de Cristo. Ele se fez homem para que o homem, que se tornou interiormente surdo e mudo pelo pecado, se torne capaz de ouvir a voz de Deus, a voz do Amor que fala ao seu coração, e assim aprenda a falar, por sua vez, a linguagem do amor, a comunicar com Deus e com os outros", destacou.

Antes de rezar o Angelus, o Papa recordou que Maria, por sua especial relação com o Verbo Encarnado, é plenamente “aberta” ao amor do Senhor, o seu coração está constantemente à escuta da sua Palavra. “Que sua materna intercessão nos permita experimentar todos os dias, na fé, o milagre do effatà, para viver em comunhão com Deus e com os irmãos”, conclui o Santo Padre
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"A oração nos educa a ver os sinais de Deus", diz Papa



Arquivo/Reuters
'Como cristãos não podemos nunca ser pessimistas', enfatizou o Papa Bento XVI na catequese desta quarta-feira, 12
Dando sequência ao ciclo de catequeses sobre a oração, o Papa Bento XVI dedicou a Catequese desta quarta-feira, 12, à segunda parte do livro do Apocalipse. Ele lembrou que, mesmo em meio às dificuldades, a Igreja não se fecha em si mesma e continua a afirmar que o mal não vence o bem. Desta forma, os cristãos devem permanecer otimistas e entender que a oração nos educa para vermos os sinais de Deus, que possui toda a vitória. 

"...como cristãos não podemos nunca ser pessimistas; sabemos bem que no caminho da nossa vida encontramos muita violência, mentira, ódio, perseguição, mas isto não nos desencoraja. Sobretudo, a oração nos educa a ver os sinais de Deus, a sua presença e ação nos faz sermos nós mesmos luzes do bem, que espalham a esperança e indicam que a vitória é de Deus". 

O Pontífice destacou a necessidade dos fiéis se aprofundarem na leitura da história em que vivem, a fim de contribuírem com o desenvolvimento do Reino de Deus. "E este exercício de leitura e de discernimento, como também de ação, está ligado à oração", disse. 

Bento XVI lembrou que, após o apelo feito por Cristo na primeira parte do Apocalipse para que os fiéis ouvissem o que o Espírito diz à Igreja, a assembleia é convidada a subir ao céu para ver a realidade com os olhos de Deus. Isso traz três símbolos que são pontos de referência para a leitura da história: o trono de Deus, o Cordeiro e o livro.

O Papa explicou que esses três símbolos nos fazem lembrar qual é o caminho para saber ler os fatos da história e da nossa própria vida e que, olhando para o céu, no relacionamento constante com Jesus, o povo aprende a ver as coisas de um modo novo. 

“A oração é como uma janela aberta que nos permite ter o olhar voltado para Deus, não somente para nos recordar a meta para a qual nos dirigimos, mas também para deixar que a vontade de Deus ilumine o nosso caminho terrestre e nos ajude a vivê-lo com intensidade e compromisso”. 

O Santo Padre lembrou ainda que o mundo está repleto de males causados pelo homem, mas que isso não deve ser motivo de desânimo. "Diante dessa realidade, muitas vezes dramática, a comunidade eclesial é convidada a não perder nunca a esperança, a crer firmemente que a aparente onipotência do Maligno colide com a verdadeira onipotência de Deus". 

A importância da oração também foi outro aspecto enfatizado por Bento XVI. Ele ressaltou que não existem orações inúteis; Deus, em seu amor e misericórdia, sempre responde às nossas orações, mesmo que de forma misteriosa. 

“Muitas vezes, diante do mal se tem a sensação de não poder fazer nada, mas é a nossa própria oração a primeira resposta e mais eficaz que podemos dar e que faz mais forte o nosso cotidiano empenho em espalhar o bem”. 

Como o cidadão comum pode participar do processo político?



CNBB
Lançamento da campanha 'Voto Consciente' no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF)
Falta menos de um mês para as eleições municipais, dia 7 de outubro, assunto que hoje em dia, muita gente encara com descrédito. Mas não deve ser assim, defende Pedro Gontijo, Secretário Executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Organismo vinculado à CNBB, para ele, as mudanças são possíveis.

“A primeira coisa que a gente precisa para conseguir modificações na sociedade é acreditar que é possível, quando a gente acredita a gente investe, quando a gente não acredita a gente fica parado.”

O secretário explica que o engajamento de cada cidadão no processo político e a mobilização da sociedade são fundamentais. Ele recorda frutos como a aprovação da Lei 9840, a Lei da Ficha Limpa e a Lei de Transparência. “Algo que há 10 anos parecia impossível, hoje é realidade.”

Para Gontijo, a eleição é apenas o momento de escolher os representantes, e o trabalho do eleitor não para por aí, é preciso acompanhar o trabalho do candidato eleito. “ A pessoa não fica representante se as pessoas as quais ela representa não se manifestam ... é fundamental ter um acompanhamento depois.”

Participação em Conselhos Institucionais, em Comitês de acompanhamento do orçamento municipal, ou em iniciativas e projetos como “adotar” um vereador, no sentido de acompanhar seu trabalho, são meios sugeridos por ele. “Às vezes escutamos as pessoas reclamarem que o vereador está longe das pessoas, mas também do nosso lado, da sociedade, fazemos isso, comparecemos na hora do voto, e depois a gente some, não nos envolvemos.”

Além dessa medida, outra orientação é acompanhar as notícias sob diferentes fontes, de maneira a estar inteirado sobre o que acontece no bairro, na cidade, no estado e no país, o secretário defende que este é um ponto importante inclusive para a evangelização. “ Para cumprirmos nossa missão evangelizadora temos que estar em sintonia com o que está acontecendo no mundo, temos que estar inseridos neste mundo, porque o trabalho de evangelização tem que ir até a transformação das estruturas sociais.”

Gontijo destaca que os cristãos não podem esquecer o que os bispos do mundo inteiro reunidos no Concílio Vaticano II, disseram na Constituição Pastoral Gaudium et Spes (Sobre a Igreja no mundo atual). “ As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração.”

“O cristão deve ser solidário com as situações em que a vida mais está sendo ameaçada, então devemos ser pessoas que se informam e que participam”, explica o secretário. Pastorais e cristãos, de modo geral, que se envolvem, têm condições de fazer muito pela própria cidade e pelo bem comum. Ele chama a atenção por exemplo para a Pastoral da Criança, que contribuiu para diminuir a mortalidade infantil no país.

Uma orientação fundamental deixada por Gontijo, todos podem fazer: “ Não venda seu voto por nada, voto tem consequência.”

Campanha Voto Consciente

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou no dia 06 de setembro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF), a campanha “Voto Consciente”. Produzida em parceria com o Núcleo de Estudos Sociopolíticos (NESP) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), a campanha Voto Consciente conta com vídeos, spots para rádios e texto com orientações para o voto consciente/cidadão e pelo voto limpo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Campanha "Voto consciente - Eleições 2012"


Os brasileiros e brasileiras são chamados a protagonizar, nas eleições do próximo dia 7 de outubro, um dos momentos mais importantes para a democracia do país com a escolha dos prefeitos e vereadores de seus municípios. Com a novidade da Lei da Ficha Limpa, vitória da mobilização popular, as próximas eleições despertam a grande expectativa de que as urnas, ao receberem o voto consciente e livre do eleitor, excluam candidatos cuja vida e prática não os credenciam aos cargos pleiteados.
O alerta aos eleitores sobre a importância de se votar em candidatos “Ficha Limpa” é um dever de todos, especialmente das entidades e organizações que têm responsabilidade com a construção de uma sociedade justa, solidária e fraterna. Neste sentido, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil cumprimenta o Tribunal Superior Eleitoral pela campanha “Voto Limpo”, já amplamente divulgada pelos meios de comunicação do país.
Somando-se a esta campanha, a convite do próprio TSE, a CNBB também lança, neste ato solene, a campanha “Voto Consciente – Eleições 2012”. Com esta iniciativa, a CNBB faz valer a tradição de sempre dar sua contribuição nas campanhas eleitorais com orientações aos seus fieis e a todos os cidadãos, firmadas na ética e na cidadania à luz do Evangelho.
Esta participação da Igreja na vida política do país tem sua razão mais profunda na consciência evangélica de sua missão (cf. Doc. 40, n. 203). O papa Bento XVI lembra que “a Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível. Não pode nem deve colocar-se no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça” (Deus caritas est, 28).
Assistimos, infelizmente, a um forte desencanto da população em relação à política. Contribuem para isso, mais que as inúmeras denúncias de corrupção e desvio de conduta, a impunidade e a complacência com os culpados. É oportuno, portanto, recordar que “a recuperação da política passa pela moralização dos políticos como verdadeiros ‘homens de Estado’ e não ‘negociantes do poder’, enredados em jogadas pessoais. Isso exige romper os laços entre politica e negócios privados”, como já afirmara a CNBB em seu documento Ética: Pessoa e Sociedade (p. 31). Estamos convencidos de que um dos caminhos para se alcançar este propósito é uma reforma política ampla e consistente que estanque os caminhos da corrupção e amplie os canais de participação popular nas decisões do Estado.
 A campanha que lançamos neste momento quer contribuir exatamente para a recuperação da política como a construção do bem comum, recolocando-a no patamar do qual jamais deveria ter saído. Evidentemente a Lei da Ficha Limpa sozinha não é suficiente para alcançar esta meta. A ela devem se somar outras leis e iniciativas que façam desta meta uma obstinação de todos que prezam pela ética e pela justiça no trato das coisas públicas.

A Lei 9.840, que combate a compra de votos e o uso da máquina administrativa, fruto também de iniciativa popular, merece toda nossa atenção. Há mais de dez anos em vigor, ela é esponsável pelo afastamento de inúmeros políticos cujos comportamentos feriram a ética. A recente Lei de Acesso à Informação se revelou um eficaz instrumento também para a transparência no financiamento das campanhas eleitorais. Inspirado nela, o TSE tomou a inédita decisão de exigir dos candidatos a prestação de contas dos recursos de campanha ainda durante o processo eleitoral, como já haviam feito alguns juízes eleitorais em determinados estados do país.
São iniciativas cidadãs dessa natureza que ajudarão a tornar as eleições limpas e a recuperar a política que, do ponto de vista da ética, significa “o conjunto de ações pelas quais os homens buscam uma forma de convivência entre os indivíduos, grupos, nações que ofereça condições para a realização do bem comum” (cf. Doc. 40, n. 184).
Ao lançar a campanha “Voto Consciente – Eleições 2012” às vésperas do Dia da Pátria e do Grito dos Excluídos, que, neste ano clama por um “Estado a serviço da Nação e que garanta direitos a toda população!”, a CNBB espera contribuir para o fortalecimento da cidadania e da democracia no Brasil.
A campanha da CNBB tem a parceria do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da Arquidiocese de Belo Horizonte, responsável pelos vídeos que faremos veicular, especialmente nas TVs de inspiração católica. Com temas variados, os vídeos, intitulados “Voto na cidade”, ajudam o eleitor a tomar consciência da importância de sua participação na vida política de seu município. Agradecemos ao NESP pela pronta adesão à nossa Campanha.
Além dos vídeos, foram produzidos spots para rádios, que deverão ser veiculados nas rádios de inspiração católica, e um texto com indicações de cinco modos de agir para que o voto consciente ajude a construir cidadania.
Solicitaremos às dioceses e paróquias a ampla divulgação de todo este material que já está disponível no site da CNBB e que, evidentemente, não se restringe ao uso das instituições católicas.
Excelentíssima Presidente Carmem Lúcia, agradeço ao TSE o honroso convite feito à CNBB para se somar à sua campanha “Voto Limpo”. Cumprimento e felicito as demais instituições e entidades que, recebendo o mesmo convite, fazem eco a esta iniciativa.
Rogo a Deus abençoar-nos a todos a fim de que, com este nosso trabalho, tornemos presente entre nós o Reino de Deus, que é justiça e fraternidade. Sobre todos e todas imploro a bênção de Deus e a proteção de Nossa Senhora Aparecida, mãe de todos os brasileiros e brasileiras.
Muito obrigado.

Brasília, 6 de setembro de 2012

Dom Frei Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Secretário Geral da CNBB

O CRISTÃO CATÓLICO E A POLÍTICA


Estamos em uma mudança de época que atinge não somente este ou aquele aspecto concreto da existência mas os próprios critérios de compreender a vida, tudo o que a ela diz respeito, inclusive o modo de entender Deus. Tantas vezes o nome de Jesus Cristo é utilizado para expressar atitudes até mesmo opostas ao Reino de Deus.
         Para enfrentar este estado de coisas emergem algumas urgências na evangelização que devem estar presentes em todos os processos de planejamento e nos planos de pastoral das igrejas.
Os Bispos afirmam: “A Igreja no Brasil se empenhará em ser uma Igreja em estado permanente de missão, casa de iniciação à vida cristã, fonte de animação bíblica de toda a vida, comunidade de comunidades, a serviço da vida em todas as suas instâncias” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelzadora da Igreja no Brasil – DGAE 2011-2015 n. 29). Esses aspectos estão sempre presentes na vida da Igreja, pois se referem a Jesus Cristo, à Igreja, à vida comunitária, à Palavra de Deus que junto com a Eucaristia são alimento para a fé e para a vida plena com Deus. Por isso, todos os  cristãos católicos devem estar comprometidos com a vivência e a prática dessas urgências.
         “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10) resume toda a missão de Jesus e, por conseguinte, toda a missão da Igreja. Isso implica em que todo cristão deve assumir atitudes que, através de práticas concretas, ajudem a desabrochar e florescer a vida. “Em tudo isso, a Igreja reconhece a importância da atuação no mundo da política e assim incentiva os leigos e leigas à participação ativa e efetiva nos setores diretamente voltados para a construção de um mundo mais justo, fraterno e solidário” DGAE 2011-2015  n. 71).
         Mas, não basta somente incentivar e impulsionar os fiéis leigos e leigas à participação política. É preciso que eles e elas encontrem na Igreja o apoio necessário para poderem cumprir plenamente com essa missão. A partir do conhecimento da vida do candidato e da sua participação e compromisso com a sua comunidade cristã paroquial e eclesial é preciso que as forçam se unam para podermos ajudá-los a galgar postos na vida pública que possibilitem a implantação dos valores Reino de Deus.
         Neste ano de eleições precisamos conhecer bem a vida pregressa dos candidatos, saber do seu compromisso com a vida das pessoas e com a comunidade eclesial e dar-lhes o respaldo necessário.
         Em meio a tantas propostas precisamos examinar bem quais correspondem com os valores do Reino de Deus e apoiar quem sempre manifestou coerência na sua opção de vida na igreja e na comunidade.
         Reclamamos tantas vezes que políticos se aproveitam do bem público em seu benefício próprio ou e grupos. Nas eleições temos a oportunidade de eleger aqueles candidatos que realmente mostram com sua vida particular e pública o comprometimento com a missão de Jesus.
         Bons ou maus governantes é a gente que escolhe. Para o cristão católico, participar da vida política do municipio e do país é viver o mandamento da caridade como real serviço aos irmãos, conforme disse o Papa Paulo VI: “A pólítica é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros” (Octogesima Adveniens, 46).
         Sabemos que o partido político é condição necessária para o exercício do mandato. Mas, devemos também levar em consideração, em primeiro lugar, a vida pessoal e compromisso eclesial do candidato ou candidata. O critério fundamental, é, repito, o compromisso da pessoa com os valores do Reino de Deus.
         A ética social cristã não é opção para alguns, mas exigência para todos. Ela é contribuição própria do cristão católico para a construção da sociedade justa e solidária.

Dom MAURO MONTAGNOLI
Bispo diocesano de Ilhéus
            

Participação cidadã- Lei de Iniciativa Popular


Já está em andamento a coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre o repasse de 10% das receitas correntes brutas da União para a Saúde Pública Brasileira. O abaixo-assinado é um movimento nacional que quer garantir, legalmente, a priorização da saúde pelos governos. Além do repasse dos 10%, a mobilização busca maior transparência e correta aplicação dos recursos no Sistema Único de Saúde (SUS).
            O povo brasileiro merece, por tantas razões e possibilidades, uma saúde pública de qualidade. São necessárias um milhão e trezentas mil assinaturas para se encaminhar a proposta à Câmara dos Deputados.
            Lembro o significado e a repercussão da vitória popular que é a Lei da Ficha Limpa. Graças à mobilização popular a sociedade conquistou um avanço na legislação. No embalo dessa vitória, temos a oportunidade de se trabalhar com ousadia e coragem por uma nova Lei de Iniciativa Popular. Dessa vez é a saúde pública em pauta. O cidadão precisa reconhecer sua força e impulsionar essa questão da maior relevância social e política, prioridade nos interesses de cada um e de nossas famílias. Particularmente, há de se constatar que a defesa da saúde pública é um gesto concreto de opção preferencial pelos pobres.
            A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na sua 50ª Assembléia Geral realizada em abril, aprovou por unanimidade o empenho da Igreja Católica, em cooperação com outras instituições, na tarefa de recolher assinaturas de apoio ao Projeto de Lei. Essa aprovação é um gesto concreto de compromisso, em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2012 que tem como tema a Fraternidade e Saúde Pública e é iluminada pelo lema “que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo. 38,8). Com a coleta de assinaturas pela Lei de Iniciativa Popular em Defesa da Saúde Pública temos a oportunidade de um gesto concreto da Campanha da Fraternidade que pretende fazer uma grande mobilização pela melhoria na saúde pública.
            A conquista dessa Lei de Iniciativa Popular, agora, precisa de uma volumosa coleta de assinaturas. É importante e urgente a intensa participação das paróquias, das capelas e comunidades, das associações e movimentos, das pastorais, das escolas, dos padres, dos religiosos e religiosas, seminaristas, agentes de pastoral, ministros extraordinários da Eucaristia para a coleta de assinaturas. Bastam os dados pessoais: nome completo, endereço, número do título de eleitor, zona e seção. Pelo gesto concreto de cada cidadão pode-se alcançar o número de assinaturas exigidas para a tramitação do Projeto no Congresso Nacional.
            A folha própria para isso pode ser impressa em casa. Está disponível na internet. É importante que cada um divulgue com bastante empenho de se conseguir as assinaturas. As folhas preenchidas podem ser encaminhadas às paróquias ou enviadas diretamente para os endereços que estão na folha de assinatura.
            Lembro, ainda, que o prazo para a entrega das assinaturas na Câmara dos Deputados é até o dia 30/10/2012.
            Vamos arregaçar as mangas e trabalhar, incansavelmente, na busca do atendimento de saúde digno e de qualidade, que é direito de todos e uma necessidade urgente dos mais pobres.

Dom Mauro Montagnoli CSS
Bispo diocesano de Ilhéus

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

MENSAGEM DO BISPO SOBRE O GRITO DO EXCLUIDO


QUEREMOS UM ESTADO A SERVIÇONAÇÃO

A fala humana mesmo em meio a um imenso turbilhão de barulhos, será sempre inconfundível. "A mais tênue palavra, o menor gemido, o olhar mais tímido ou até mesmo o grito silenciado se erguem mais alto do que a batida ritmada das botas de um pelotão de soldados, ou do troar dos canhões".
O Grito dos Exc1uidos vem confirmar isso. A guerra é travada pelo mercado, pe1a concorrência e pela competitividade. Eles querem o lucro e a acumulação de capital. Para eles o fim justifica os meios. O bombardeio estridente e ensurdecedor do marketing, da propaganda e da publicidade invadem campos e ruas. E por onde passam, vão destruindo florestas, contaminando águas, poluindo o ar, devastam o planeta e ferem a dignidade humana.
No meio desse cenário de destruição surgem iniciativas populares que visam dar um novo sentido à vida humana e á própria civilização. É a sabedoria indígena do bem viver que prioriza o cuidado, a convivência pacifica e a preservação da vida em todos os sentidos. Do chão surgem brotos vivos e novos que levam a repensar um novo tipo de Estado. Um projeto de poder que visa superar os privilégios de poucos e se volta para as necessidades básicas da população mais carente, um verdadeiro projeto de nação, que prioriza a saúde pública e a vida.
Neste ano de 2012 acontece a 18ª edição nacional do Grito dos Exc1uidos, e aqui na diocese de Ilhéus temos a 17ª edição. Este ano o Grito visa combater o esquema tão conhecido pela a metáfora de Gilberto Freire. O Brasil mantém perversamente a dupla forma política, uma para a Casa Grande e outra para a Senzala: sistema de educação e saúde, transporte e segurança, habitação diferentes para os que ocupam o andar de cima da pirâmide social e outra para os de baixo; benesses e privilégios para as camadas superiores, migalhas para os setores de baixa renda.
"Os novos rebentos rasgam o solo ressequido do deserto, tornam este fecundo e apontam para os novos horizontes".
Em meio à escuridão se acendem pequenas luzes que brilham mais fortemente quanto mais densas as trevas, surgem iniciativas, brotos, luzes que são sinais de um patriotismo comprometido na luta pelas reformas necessárias e urgentes, em especial a reforma política.
Soa forte a palavra de Jesus: "Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da lei, como o direito, a misericórdia e a fidelidade. Isto é que deverieis praticar, sem contudo deixar aquilo. Guias cegos! Filtrais o mosquito mas engolis o camelo" (Mt 23,23-24).
Nóa, cristãos, vamos para a Avenida Soares Lopes, no dia 7 de setembro, para lançar este brado que nasce da nossa fé em Jesus Cristo, que disse: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10,10).
Nosso compromisso é com a vida, em especial dos pobres e marginalizados. Sustentados pelo cântico de Maria acreditamos que o Senhor "depôs poderosos de seus tronos, a humildes exaltou, cumulou de bens a famintos e despediu ricos de mãos vazias" (Lc 1,52-53).
Ilheus, setembro de 2012
Dom Mauro Montagnoli
Bispo diocesano de Ilhéus