segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Nosso Deus não é um Deus castigador

Preciso lhe explicar que a ligação entre pecado e doença não é aquela que a nossa cabeça nos mostra. Quantas pessoas pensam que estão doentes porque Deus as castigou. Quem nunca pensou que as doenças e males da sua vida e do mundo são frutos do castigo divino?

O nosso Deus não é um Deus castigador! O que acontece é que infelizmente os nossos pecados, muitas vezes, diretamente já nos causam doenças e problemas. Por exemplo, a pessoa que nutre raiva e rancor acaba com seu fígado, seu estômago, seu sistema circulatório. É uma ligação direta, porque não fomos feitos para odiar.

Você entendeu? Não é Deus que nos castigou, mas nós que, ao vivermos sentimentos e atitudes negativas, damos brecha para o inimigo entrar.

Por isso, vamos nos decidir: Pecado na minha vida, nunca mais! Se eu pecar, não vou ficar nenhum dia em pecado. Vou reconhecer logo a minha culpa e vou me apresentar ao Senhor. Vou me apresentar ao meu Deus, meu Senhor, que é amor, misericórdia e perdão. E na hora em que eu reconhecer isso e me apresentar a Ele eu serei perdoado. É claro que se for um pecado grave, será preciso passar pelo sacramento da confissão. Dessa forma, eu tenho não somente o perdão de Deus, mas um "documento" que prova que Deus me perdoou. A confissão garante o perdão que você adquire ao reconhecer seu pecado. 

Não perca tempo. Reconheça-o o mais rápido possível e receba do Senhor a plena purificação dos seus pecados. Apresente-se ao Senhor para viver uma vida nova.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Zumbi dos Palmares: um herói brasileiro. História do Dia Nacional da Consciência Negra


Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.




Importância da Data
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os descendentes dos povos negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca, aliada a invisibilidade dos personagens negros. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira, pela Lei 10639/03.
O processo de cidadania geradora do desenvolvimento da pessoa toda e de todas as pessoas é aquele que considera a dignidade da pessoa circunstanciada na cultura, raça, religião, cor, história, lugar social, desde a sua realidade original – Imagem e Semelhança de Deus – até a sua original contribuição na construção da história da sociedade.

Como muito bem falou o Papa João Paulo II, aos afroamericanos, em 1992, em Santo Domingo: "A estima e o cultivo dos vossos valores Afro-americanos, enriquecerão infalivelmente a Igreja."

Em outras palavras, a novidade que a Igreja quer e merece é a inclusão em sua Ação Evangelizadora, das riquezas culturais e espirituais que emanam do Patrimônio africano e do afro-descendência.
O processo de Cidadania do povo negro é (precisamos insistir muito) uma dimensão essencial da vida e da Missão da Nossa Igreja Católica Apostólica Romana, que, neste Novo Milênio, a Palavra de Cristo, sublinhada pelo Papa, quer avançar em águas mais profundas.
A Igreja Católica no Brasil, fiel à missão de Jesus Cristo, está presente nesses importantes acontecimentos por meio de seus representantes e de suas orações. Exorta a todo o Povo de Deus a colocar-se a serviço da vida e da esperança, "acolher, com abertura de espírito as justas reivindicações de movimentos - indígenas, da consciência negra, das mulheres e outros - (...) e empenhar-se na defesa das diferenças culturais, com especial atenção às populações afro-brasileiras e indígenas" (CNBB, Doc. 65, nº 59).


PASTORAL AFRO-BRASILEIRA DA CNBB

DECRETO DO JUBILEU


Eu, Mauro Montagnoli,
Por mercê de Deus e da Sé Apostólica,
Bispo da diocese de Ilhéus,

A todos e todas, saudação, paz e bênção em nosso Senhor Jesus Cristo!

Com a bula Majus animarum bonum (Para o maior bem das pessoas), de 20 de outubro de 1913, o papa São Pio X criou as dioceses de Barra, Caetité e Ilhéus, desmembrando-as da diocese de São Salvador da Bahia.

Diz o papa: “Tendo no coração o bem maior das almas e a difusão da religião cristã, o atual bispo da diocese do Santíssimo Salvador da Bahia, república do Brasil, faz pouco tempo que nos enviou insistente e suplicante solicitação para que a muito extensa e muito populosa diocese dele seja demarcada por território menor e que  de maneira conseqüente sejam constituídas outras três novas dioceses. Nós, na realidade, não temos preocupação maior do que aumentar sempre mais as ajudas espirituais e os meios necessários para os fiéis de Cristo, esparramados pelo mundo...” 

A criação de uma nova Igreja sempre é fonte e origem de renovada esperança. De fato, muitos frutos podem ser colhidos nesses cem anos, expressão do empenho de muitos leigos e leigas, consagrados e consagradas, padres e bispos que deram sua vida no serviço da evangelização, de modo especial, o nosso predecessor, Dom Frei Valfredo Bernardo Tepe, OFM.
Com o intuito de dar novo ânimo e vigor e fomentar uma ação pastoral mais intensa em toda a diocese de Ilhéus, havemos bem decretar, como de fato o fazemos pelo presente, Ano Jubilar, novembro de 2012 a outubro de 2013, com tema “O que vimos e ouvimos nós anunciamos“(cf. 1Jo 1,3)
Que todas as forças vivas da nossa diocese, leigos e leigas, religiosos e religiosas, sacerdotes, empenhem-se para que a celebração do Jubileu de Ouro de nossa diocese possa se constituir em um tempo de graça para todo o povo de Deus desta Igreja Particular.

Ilhéus, 11 de novembro de 2012

Dom Mauro Montagnoli
Bispo diocesano de Ilhéus

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Bispo destaca importância dos cidadãos no combate à criminalidade



Da Redação, com Serviço de Informação do Vaticano

Arquivo
'Na aliança e na solidariedade entre cidadãos e forças da ordem se realiza o melhor bastião de resistência à criminalidade', destacou Dom Mamberti
Os cidadãos são os primeiros “anticorpos” no combate à criminalidade. Essa foi uma das considerações feitas pelo secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, durante a 81ª sessão da Assembleia Geral da Interpol, nesta segunda-feira, 5. A reunião, realizada em Roma, traz como tema “A polícia diante dos desafios da violência criminal contemporânea”.

Dom Mamberti lembrou que o dever moral de contribuir para que a violência não surja e nem se desenvolva é um dos aspectos incluídos na luta contra cada forma de violência.

“Aqueles que trabalham no interior das instituições de segurança pública, como a polícia que os senhores representam, estão conscientes de que os primeiros anticorpos para cada forma de criminalidade são os próprios cidadãos de cada País. Na aliança e na solidariedade entre cidadãos e forças da ordem se realiza o melhor bastião de resistência à criminalidade”.

E entre as ações necessárias para estabelecer um contexto social voltado ao bem comum, o arcebispo enfatizou a retirada daquilo que origina e alimenta a injustiça. De acordo com ele, a educação, inspirada pelo respeito da vida humana em todas as circunstâncias, deve ter seu papel reconhecido.

“Sem essa (educação) não é possível de fato realizar um tecido social forte e coeso nos valores fundamentais, capaz de resistir às provocações da violência extrema”.

Ao citar a educação, o arcebispo também destacou o papel da família, um lugar “primitivo do fazer-se homem”. “Nessa (na família), faz-se a experiência das primeiras formas de justiça e de perdão, cimento das relações intra-familiares e base para a adequada inserção na vida social”.

Em sua intervenção, Dom Maberti afirmou ainda que as características da ação criminal evoluíram de modo preocupante, agravando a agressividade e a crueldade das ações. Ele lembrou que esse aumento substancial do fenômeno criminal se deu tanto na questão quantitativa como em termos das manifestações de violência.

“As características da ação criminal evoluíram de modo preocupante, sendo perigosamente agravada a agressividade e a crueldade dos episódios. Além disso, as atividades criminais se articulam em um nível global, com sistemas de coordenação e pactos criminosos que superam as fronteiras do Estado”. 

Bento XVI faz duas nomeações para dioceses do Brasil



CNBB
Dom Jorge Alves Bezerra e Padre Eraldo Bispo da Silva
A Nunciatura Apostólica no Brasil comunica que o Papa Bento XVI, nomeou para a diocese vacante de Paracatu (MG), Dom Jorge Alves Bezerra, transferindo-o da sede episcopal de Jardim (MS), e o padre Eraldo Bispo da Silva como novo bispo da diocese de Patos (PB), também vacante.

Dom Jorge Bezerra

Dom Jorge Alves Bezerra nasceu no dia 23 de abril em 1955, em São João do Meriti (RJ). Cursou filosofia na Universidade Estadual do ceará e Teologia no Instituto Teológico São Paulo (ITESP).

Em Roma, fez sua especialização em teologia Moral na Academia Alfonianum. Ao ser nomeado, era Mestre dos Noviços para a América Latina dos Sacramentos.

O bispo exerceu diversas atividades antes do episcopado. Entre 1986 e 1996, foi pároco da paróquia “São Benedito”, na Arquidiocese de Fortaleza (CE); foi, também, vigário paroquial da Catedral da “Boa Viagem”, na arquidiocese de Belo Horizonte (MG), entre outras.

No campo acadêmico atuou lecionando Teologia Moral no Curso Seminarístico de Teologia. Seu lema é: “Totus dei” (todo de Deus).

Padre Eraldo da Silva

Padre Eraldo Bispo da Silva nasceu em 13 de agosto de 1966, em Monteiro (PB). Na diocese de Barreiras (BA) exerceu inúmeras atividades. Foi vigário paroquial de Santa Rita de Cássia (BA), em 1993, e administrador paroquial de São Desidério (BA), entre 1994 e 1999.

O padre, dentre outras funções, coordenou o Vicariato IV, (entre 1994 e 1996, e entre 2008 e 2009), também foi coordenador diocesano de Pastoral (entre 1997 e 1999, e entre 2003 e 2004).

O padre cursou Filosofia, no Seminário de Santa Cruz de Goiânia (GO); e cursou Teologia no IFITEG de Goiânia.

Entre 2001 e 2002, também cursou Metodologia da Formação Presbiteral e Religiosa para Formadores na UCSAL, em Salvador (BA), e, em 2002, foi diplomado em Direito Canônico no ITEPAL, em Bogotá, na Colômbia.

Desejo do ser humano por Deus é tema de reflexão do Papa



Arquivo
'Quando no desejo se abre a janela para Deus, isto já é sinal da presença da fé na alma', disse Bento XVI na Catequese desta quarta-feira, 7
Na Catequese desta quarta-feira, 7, o Papa Bento XVI prosseguiu suas reflexões propostas para o Ano da Fé e focou sua meditação no desejo que o ser humano tem de Deus, um desejo misterioso que o homem traz em si. Como está escrito no Catecismo da Igreja Católica, este é um desejo que “está inscrito no coração do homem”.


Bento XVI lembrou que, através do amor, o homem e a mulher experimentam a grandeza e a beleza da vida e da realidade. “Se isso que experimentam não é uma simples ilusão, se de fato quero o bem do outro como via também do meu bem, então devo estar disposto a descentralizar-me, a colocar-me ao seu serviço, até a renúncia a mim mesmo”, disse.

O Santo Padre destacou também como as experiências humanas, como amizade e a experiência do belo, mostram que cada bem experimentado pelo homem vai em direção ao mistério que envolve o próprio homem; “cada desejo que tem vista para o coração humano se faz eco de um desejo fundamental que não é nunca plenamente satisfeito”.

O Papa lembrou ainda que o dinamismo do desejo está sempre aberto à redenção, mesmo quando ele caminha em caminhos extraviados.  “Mesmo no abismo do pecado não se apaga no homem aquela faísca que lhe permite reconhecer o verdadeiro bem, de saboreá-lo, e de começar assim um percurso de subida, no qual Deus, com o dom da sua graça, não faz nunca faltar a sua ajuda”.

E todos são, de acordo com o Papa, peregrinos para a pátria celeste. Isso, no entanto, não significa sufocar o desejo que está no coração do homem, mas sim libertá-lo. “Quando no desejo se abre a janela para Deus, isto já é sinal da presença da fé na alma, fé que é uma graça de Deus”.